O deputado da UNITA Alcides Sakala, coordenador da comissão eleitoral, explicou à Lusa que o período para a apresentação de candidaturas arrancou na quinta-feira, mas que até ao momento não deu entrada qualquer candidatura.
Contactado anteriormente pela Lusa, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, remeteu para mais tarde uma posição sobre a sua eventual recandidatura ao cargo. Por outro lado, é reconhecida, publicamente, a intenção do deputado e general Abílio Camalata Numa de concorrer à liderança do partido.
Este período para a formalização de candidaturas termina a 25 de outubro e o ato eleitoral de escolha do líder só terá lugar no decurso do XII congresso ordinário da UNITA, que decorrerá entre 03 e 05 de dezembro deste ano.
Para concorrer à liderança do partido fundado por Jonas Savimbi, segundo os requisitos divulgados por Alcides Sakala, os candidatos têm de ter pelo menos 15 anos de militância "consequente e irrepreensível" na UNITA. Ainda reunir assinaturas correspondentes a um mínimo de 40 dos membros efetivos da comissão política e um mínimo de 1.000 assinaturas de militantes, sendo pelo menos 50 assinaturas por cada uma das 18 províncias do país.
O vencedor será o candidato da UNITA às próximas eleições gerais angolanas, que deverão ter lugar em 2017, num mandato que se prolongará por quatro anos (até 2019).
Durante o congresso de dezembro, os militantes vão avaliar o desempenho dos órgãos da UNITA no período de 2011 a 2015, reavaliar a linha político-ideológica, estratégica, programa e objetivos do partido e rever os estatutos, entre outros assuntos.
"O congresso da UNITA é um evento da UNITA, mas desta vez nós queremos que este congresso seja um evento que seja participado não só por delegados, por militantes, mas também por amigos, simpatizantes e até pela sociedade do país", anunciou Isaías Samakuva, a 01 de julho, no lançamento do encontro magno dos militantes do partido do 'galo negro'.
Acrescentou que esta medida permitirá que "mesmo aqueles que não sejam da UNITA contribuam com as suas ideias, opiniões", para "engrandecer" o partido, "que é um património nacional".
Lusa
