De acordo com o comunicado final da Cimeira Extraordinária da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, lido pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, os líderes condenaram fortemente este acto, por constituir uma grave violação ao pacto de da CIRGL relativo à segurança, estabilidade e ao desenvolvimento daquela região, ao Acto Constituinte da União Africana e a sua Carta.
De igual modo, exortaram o governo do Burundi a trabalhar de forma célere no restabelecimento de um ambiente pacífico e seguro no país, para incentivar o regresso dos refugiado ao país.
Com vista a busca de soluções para a paz, designou ainda uma delegação de Chefes de Estado e de Governo da organização que se deslocará ao Burundi, o mais cedo possível, para avaliar a situação e contribuir para uma solução pacífica da actual crise. Será composta pela África do Sul, Quénia, Uganda e Tanzânia.
Os líderes convidaram também o governo do Burundi a adiar as eleições para uma nova data e a associar todas as partes interessadas, visando estabelecer condições conducentes a um processo eleitoral pacífico, credível e transparente, em conformidade com o Pacto da CIRGL.
Exortaram, por outro lado, a todas as partes no Burundi a comprometerem-se, cessando os actos de violência em curso, e a engajarem-se no diálogo e na paz.
Exortaram ainda a comunidade internacional a providenciar a necessária assistência humanitária aos burundeses, que devido a crise saíram das suas áreas de residência.
As lideranças da região determinaram ainda que o Secretariado da Conferência, actualmente sedeado no Burundi, que se fixe, temporariamente, fora deste país para garantir a protecção e a segurança do seu pessoal, assim como o contínuo funcionamento efectivo da instituição, até que a situação se estabilize.
ANGOP
