O presidente da Unita Isaías Samakuva reafirmou o empenho do seu partido no processo de reconciliação nacional, mas mostrou-se indignado com acusações feitas de alegados massacres cometidos pelo seu partido.
Ele ameaçou revelar o local de valas comuns com vitimas de massacres cometidos pelas tropas do MPLA durante a guerra civil.
Samakuva disse conhecer lugares onde o MPLA dizimou milhares de angolanos e disse que poderá revelar esses locais.
"O partido no poder conta histórias de massacres que terão sido feitos pela Unita mas a Unita ainda não falou", disse o líder do galo negro.
"Nos conhecemos aldeias inteiras dizimadas pelo regime e sabemos onde estão", aclarou, afirmando saber de locais também onde homens foram separados das mulheres, “metralhados e atirados para valas comuns”
Isaías Samakuva garantiu, no entanto, que o seu partido está empenhado no processo de reconciliação nacional e por isso “ainda não convém falar".
Na semana passada o governador da Lunda Norte Ernesto Muangala, avisou os dirigentes provinciais da UNITA para não levarem a sua “marcha” partidária até Luremo, porque existe uma grande animosidade naquela vila contra o partido.
Segundo dirigente do MPLA, os dirigentes da UNITA na Lunda Norte sabiam que durante a guerra, um bando armado do seu partido entrou na vila “diamantífera” e os soldados começaram a disparar sobre as pessoas. Mataram 50 jovens, num acto de pura selvajaria. Luremo vive até hoje no luto por essas vítimas inocentes.
A caravana da UNITA entrou no Luremo, houve revolta de familiares e amigos dos jovens massacrados pelas tropas de Savimbi manifestaram a sua indignação afirmou o governador da Lunda Norte Ernesto Muangala.
Voanews | AO24