Na sua declaração política conjunta sobre a situ- ação política e social de Angola, os partidos políticos Bloco Democrático (BD) e o Partido Democrático Progresso – Aliança Nacional de Angola (PDP- ANA), afirmam que, apesar de Angola estar a caminho de completar 50 anos de Independência, conti- nua a não dar sinais de evolução.
Os dois partidos políticos através das suas direcções “atiram” a culpa ao partido no poder, de ter adoptado uma mentalidade e lógica de governação que primou pelo partido único e permanece em regime autocrático, condicionando a vida de muitos angolanos e angolanas, para regalo de um grupo minoritário que se apropriou do esforço geral.
Alegam os dois partidos políticos que a deterioração do país deve-se ao agravamento de políticas antissociais, à disseminação de conteúdos antidemocráticos e ao aprofundamento da legislação de cunho partidário e numa prática fascista e de ódio. Avançam que tal linha de actuação, visa, igualmente, impedir a justa competição entre forças politicas, concretizada com recurso aos órgãos de comunicação públicos, que acusam de serem promotores de alienação social e da ardilosa manipulação para dividir e enfraquecer as forças políticas na oposição.
Ambas as forças afirmam que os órgãos de organização e deliberação dos resultados do processo eleitoral, nomeadamente, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e o Tribunal Constitucional (TC), es tão capturados pelo partido no poder, impedindo que a alternância democrática se efective, com tranquilidade civilizacional, dentro dos padrões eleitorais e negar, por consequência, o direito soberano do povo decidir nas urnas.
O BD e o PDP-ANA apelam a todas as forças democráticas, par tidos, movimentos cívicos e cidadãos, em geral, para a necessidade de unirem esforços por Angola, numa frente comum pela mudança, que deve ocorrer em 2027. Na sua declaração conjunta, as duas forças politicas entendem que já não pode haver hesitações, pois o regime no poder tem demonstra do, não só incapacidade de realizar a transição democrática, mas igualmente falta de vontade para responder às necessidades do povo. Acusam-no de estar a perpetuar a corrupção, a injustiça e o desrespeito pelos direitos funda mentais.
O BD e o PDP ANA advogam que só com a conjugação de esforços será superado o estado autocrático securitário, pois nenhuma força isolada ou forças disper-sas, nas circunstâncias actuais, está em condições de fazer face ao regime, alicerçado em poderosos mecanismos para a manutenção do poder. Os dois partidos entendem ainda que o futuro democrático e prós pero de Angola carece da vitalidade da acção conjugada e coordenada oposição pela mudança e da sociedade civil.
"O BD e o PDP-ANA reiteram o seu apelo a todos os partidos que querem a mudança do regime, organizações da sociedade civil, estudantes, trabalhadores e todos os angolanos que anseiam por uma mudança a convergirmos num movimento de unida de e esperança. Este é o momento de mostrarmos a nossa força colectiva e de lutarmos unidos por um futuro melhor para Angola. Unidos, somos mais fortes e capazes de derrubar este regime e construir a nação que todos merecemos", disse Filomeno Vieira Lopes, presidente do Bloco Democrático.
O político entende que essa mudança de regime é fundamental, pois representa o ponto de par tida para a construção de ver dadeiras instituições democráticas. Já o presidente do PDP ANA, Abreu Capitão, referiu que os partidos políticos na oposição têm feito a sua parte, porém lem brou que é necessário o esforço de toda a sociedade para manifestar-se contra tudo aquilo que não faz bem ao povo. Jornal OPAIS