Quinta, 13 de Fevereiro de 2025
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Domingo, 12 Janeiro 2025 21:33

XIV Congresso da UNITA: Adalberto Costa Júnior promete manter múltiplas candidaturas

Adalberto Costa Júnior garantiu que, caso haja vários candidatos na corrida à presidência do partido, a UNITA vai aceitá-los. O número um do ‘galo negro’ desvaloriza, ainda, as informações supostamente “dilatórias contra FPU”.

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, reiterou, na província de Benguela, o compromisso de o partido cumprir com os prazos de realização do Congresso Ordinário e a admissão de múltiplas candidaturas ao cargo de presidente.

À imprensa, o líder do ‘galo negro’ garantiu a realização do XIV Congresso ainda este ano, com vista à materialização do estipulado pelos estatutos do partido dos ‘maninhos’.

“Este é um ano de congresso. Nós vamos, claramente, mantê-lo naquela perspectiva da pluralidade, da multiplicidade e no tempo adequado”, garantiu.

Questionado pelo Novo Jornal se vai concorrer à sua própria sucessão, Adalberto Costa Júnior limitou-se a afirmar que “não estamos em campanha e não é nosso interesse antecipar debates que nos desviem dos desafios pertinentes do País, tendo acrescentado que “os períodos de campanha e declaração de candidaturas terão o seu tempo após a Comissão Política reunir e ser consultada, bem como o presidente convocar formalmente o congresso. Nesta altura, serão definidos os períodos de campanha”, afirmou.

O líder do maior partido na oposi ção aproveitou a ocasião para lançar farpas ao partido oponente, afirmando que o MPLA no Congresso Extraordinário, realizado em Dezembro último, terá supostamente “tirado do caminho” candidatos ao caldeirão máximo.

“O Congresso Extraordinário tirou do caminho pré-candidaturas anunciadas. O MPLA vem-se assumindo cada vez mais como um partido antidemocrático que não sabe o que é pluralidade. E nada melhor do que empurrar areia para os olhos do adversário”, atirou.

Líder da UNITA garante propor à AN alteração de várias leis O presidente dos ‘maninhos’ mostrou-se, igualmente, preocupado com as leis implementadas em Angola, considerando-as antidemocráticas, e, no seu entender, prejudicam o desenvolvimento socioeconómico do País.

Adalberto Costa Júnior certifica que o seu partido vai apresentar, este ano, à Assembleia Nacional (AN) o projecto de alteração de várias leis, dentre as quais a Lei Eleitoral.

“Com vista a democratizar a Lei da Comissão Nacional Eleitoral, democratizar a Lei dos Partidos Políticos, a Lei da Comunicação e a Lei de Terras, não sabemos o que o MPLA vai fazer, mas é deste debate que se vai ter a oportunidade de o cidadão poder definir qual é a sua posição em relação ao partido que vai apoiar”, sustentou.

FPU sobreviverá ou não com legalização do PRA-JA?

Uma das perguntas que não se querem calar é a sobrevivência ou não da Frente Patriótica Unida (FPU), plataforma eleitoral composta pela UNITA, PRA-JA Servir Angola e Bloco Democrático, com a legalização do partido coordenado por Abel Chivukuvuku.

Ao dissipar dúvidas sobre o assunto, o político justificou que a “Frente Patriótica Unida é uma ameaça à manutenção do poder por parte do partido que o detém no País”. Por isso, acha ser normal virem a terreiro informações que manchem a plataforma com o objectivo de descredibilizá-la.

“A FPU tem sido uma boa opção, obteve, sob a bandeira da UNITA, o melhor resultado eleitoral numérico que a UNITA já teve, uma ampla frente para a alternância que preocupa o MPLA em crise”, sublinhou Adalberto Costa Júnior, para quem não tem dúvidas sobre a necessidade de se manter tranquilo, olhando para a disputa política que será accionada.

O político questiona, ainda, por que razão só agora o PRA-JA foi legalizado. NJ

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