Segundo o ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, José de Lima Massano, que falava no final de um encontro dirigido pelo Presidente angolano, João Lourenço, e que abordou os caminhos da relação entre Angola e os EUA, ambos países “vivem um novo momento nas relações, que deverá ser marcado pelo potenciar da cooperação”.
Massano, citado numa nota da Secretaria de Imprensa do Presidente da República de Angola, disse, no final do encontro, que novas oportunidades se abrem à comunidade empresarial angolana de mais produtos poderem ser exportados para os EUA, além dos tradicionais petróleo e gás.
“É preciso saber tirar proveito deste novo momento, fazer o trabalho de casa como deve ser”, afirmou o governante, acrescentando acreditar em ganhos para a economia angolana com o advento deste novo ciclo nas relações de cooperação.
Instituições norte-americanas poderão financiar mais projetos em Angola, nomeadamente o Corredor do Lobito, como sinalizou o ministro angolano.
João Lourenço foi recebido há uma semana pelo seu homólogo Joe Biden, no âmbito do 30.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países.
Ambos estadistas debateram os próximos passos no aprofundamento da cooperação bilateral a nível do comércio, investimento, clima e energia, bem como o desenvolvimento da Parceria para Infra-estruturas e Investimentos Globais (PGI) do Presidente Biden para o Corredor do Lobito, infraestrutura ferroviária que vai ligar Angola, a República Democrática do Congo (RDCongo) e a Zâmbia aos mercados globais através do porto angolano do Lobito.
O embaixador dos EUA em Angola, Tulinabo Mushingi, recordou, na quarta-feira, em conferência de imprensa, em Luanda, as discussões entre os dois chefes de Estado, referindo que a reunião foi uma oportunidade para falar sobre o futuro da parceria, o que inclui, realçou, mais de mil milhões de dólares (924 milhões de euros) de investimento no transformador Corredor do Lobito.
O diplomata realçou que este é "o maior investimento ferroviário na história dos EUA na África Subsaariana”, acrescentando que, no domínio da energia, as abordagens apontam para mais de 2 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros) em investimentos para projetos.
Hoje, João Lourenço, após presidir à reunião com os membros do seu executivo, que abordou as relações entre Angola e os EUA, orientou também a segunda reunião ordinária do Conselho de Governação Local (CGL), que congrega os 18 governadores das províncias angolanas e demais individualidades do aparelho governativo.
O CGL é um orgao colegial auxiliar do Presidente angolano na formulação e no acompanhamento da execução das políticas de governação da administração do Estado a nível local.