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Terça, 24 Outubro 2023 15:30

Presidente do parlamento angolano condena ações belicistas “quaisquer que sejam”

A presidente da Assembleia Nacional angolana disse hoje, na abertura da reunião da União Interparlamentar (UIP), em Luanda, que este evento deve servir para se condenar as ações belicistas “quaisquer que sejam” em qualquer parte do mundo.

Carolina Cerqueira, que abriu a sessão plenária da assembleia da UIP, com um debate geral sobre “Ações Parlamentares pela Paz, Justiça e Instituições Fortes”, considerou atual e de grande importância este tema no contexto geopolítico internacional.

Segundo Carolina Cerqueira, nunca foi tão importante como agora a questão da paz, da justiça, de instituições fortes, que possam responder aos desafios e atuação conjunta dos parlamentares e de todos os homens e mulheres imbuídos de vontade política para melhorar o mundo.

A presidente do parlamento angolano frisou que a guerra, os conflitos armados, os confrontos militares têm vindo a aumentar constantemente no mundo.

“Pensamos que esta reunião de Luanda deve servir de pódio para condenarmos as ações belicistas quaisquer que sejam, que levam a dizimar pessoas, e sobretudo crianças vulneráveis, que levam a destruir infraestruturas, que levam a incitar o ódio, a desconfiança, a intolerância”, salientou.

Para Carolina Cerqueira, é este o espírito que deve existir nos debates, na busca de soluções, na busca de soluções consensuais “e não no apontar do dedo a uma parte ou parte”, porque todos estão presentes para fazer prevalecer a linguagem da paz, do diálogo, do entendimento e da coexistência”.

“As questões ligadas à justiça, a instituições fortes, estão sobretudo ligadas e viradas para os parlamentos onde desenvolvemos a nossa ação. Parlamentos fortes, interventivos, que consigam dar respostas às questões mais ingentes da nossa atualidade”, frisou, destacando a questão da equidade na agenda dos parlamentos, com índices encorajadores em muitos parlamentos.

Carolina Cerqueira destacou o papel do parlamento angolano no conflito existente no leste da República Democrática do Congo (RDC), que se “numa situação latente de evolução, porque não estão a ser cumpridos os acordos que foram previamente estabelecidos”.

“Foi neste parlamento que nós, numa ação solidária, demos uma autorização legislativa para Angola enviar tropas para a RDCongo, para fazer o aquartelamento das forças negativas, que criam instabilidade, a desordem e crimes de vária ordem contra os direitos fundamentais das pessoas. Infelizmente, há atrasos no calendário, as tropas angolanas ainda não foram, vão fazer a monitorização do aquartelamento das forças armadas”, informou, afirmando que o envolvimento do parlamento angolano nas questões de paz é muito ativo.

Além da RDCongo, o parlamento angolano tem vindo a acompanhar “com muita atenção” a situação no norte de Moçambique, em Cabo Delgado, acentuou Carolina Cerqueira.

“Tem sido outra preocupação dos parlamentares angolanos e também nós demos autorização legislativa para que tropas angolanas fossem fazer a formação e treinamento de militares nessa zona. Estamos preocupados em relação a outras situações que afluem no mundo e que levam à instabilidade, à desigualdade social, na medida em que são sobretudo as populações mais vulneráveis que sofrem os confrontos e os efeitos dos conflitos armados”, disse.

A questão de parlamentos fortes está ligada à transparência, ao acompanhamento da utilização de recursos financeiros, abordou também a presidente da Assembleia Nacional angolana.

Por sua vez, o presidente cessante da UIP, Duarte Pacheco, disse que paz, justiça, segurança, tolerância, são palavras que devem ser repetidas “até à exaustão e até que elas estejam absorvidas por todos”

“E Angola é o campeão destes valores, e por isso estamos no local certo para falarmos. O grande papel do Presidente João Lourenço e de dirigentes de Angola, do parlamento de Angola, para criar situações de paz no continente africano merecem o nosso maior respeito e agradecimento”, elogiou Duarte Pacheco.

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