Quinta, 28 de Março de 2024
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Terça, 21 Fevereiro 2023 10:40

Activista Luther "King" diz que seu processo foi político e não jurídico

O activista angolano Luther “King” Campos, que saiu em liberdade na sexta-feira, 17, mesmo depois de ter sido condenado a um ano e 10 meses de prisão, com pena suspensa, lamenta o facto de todo o processo ter sido político e não jurídico.

Mais de um ano após a sua prisão, ele diz que o seu estado de saúde ainda é débil e, por isso, lança um apelo de socorro para recolha de contribuições com vista a tratamento no exterior.

Detido a 12 de Janeiro de 2022, na sequência de uma greve dos taxistas, em Luanda, Luther “King” mantém a convicção em relação ao estado do país e lamenta ter sido alvo de um processo político.

“Sobre a decisão, como tudo foi político eu prefiro não comentar, foi tudo político a olho nu, todo mundo deu-se conta”, afirma o activista quem acrescenta que a família está feliz pela libertação dele “porque houve muito desgaste psicológico e físico para alguém que foi preso inocentemente, então, não é fácil”.

O juiz Biscai Cassoma decidiu na sexta-feira, 17, ter ficado provado que o arguido cometeu o crime de instigação pública, mas isentou o activista dos crimes de ultraje ao Estado, seus símbolos e órgãos, rebelião e associação criminosa.

Ele ditou a condenação de um ano e 10 meses de prisão, pagamento de 100 mil kwanzas (cerca de 200 dólares) de taxa de justiça e indemnização oficiosa ao Estado no valor de 500 mil kwanzas (cerca de 1000 dólares).

O juiz, no entanto, suspendeu a pena por um período de cinco anos “por razões de doença grave” do arguido, “sob a condição de não voltar a praticar crimes da mesma natureza geradoras de situações iguais”. VOA

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