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Terça, 14 Outubro 2014 21:31

Flec: João Lourenço mente sobre problema de Cabinda

Assinalamos que a declaração do Ministro da Defesa angolano João Gonçalves Lourenço, difundida a 08.10.2014 pela agência de notícias estatal Angop, está baseada em mentiras.

COMUNICADO DE IMPRENSA  FLEC FAC

Seguimos com muita atenção a declaração do Ministro da Defesa João Gonçalves Lourenço que qualificou a situação em Cabinda como «estável», mas, Angola continua a matar as populações sem defesa e a garantir à Comunidade Internacional que a guerra em Cabinda acabou. A realidade é bem diferente, a guerra prossegue em Cabinda.

O Ministro da Defesa angolano insiste na política de negação enquanto continua a militarizar Cabinda e a multiplicar as acções militares contra as posições na FLEC no interior do território liquidando combatentes nacionalistas, cívis cabindas e soldados angolanos.

Desde a independência de Angola que o MPLA garante à Comunidade Internacional que não já há guerra em Cabinda. Esta estratégia da mentira pretende esconder a incapacidade de Angola na resolução de um conflito que a envolve e que dura desde 1975, ao mesmo tempo Angola pretende estar à cabeça na resolução dos conflitos em África. O conflito em Cabinda é o espinho cravado na credibilidade angolana internacional.

Apesar das mentiras oficiais do ministro angolano, a FLEC exige que seja lançado um diálogo, aberto e franco, com as autoridades angolanas que ocupam militarmente o território de Cabinda. A FLEC recorda também que a paz e a democracia não se constroem com alicerces de mentira, o diálogo é a única solução para todos os diferendos.

Mais uma vez pedimos a Angola que aceitem negociar com os cabindas, tal como antes fizeram com os portugueses para por fim a séculos de colonialismo.

Se o Governo angolano quer realmente a paz deve fazer recurso aos valores africanos que sempre privilegiaram o diálogo.

Esclarecemos também que nunca incitamos a manifestações de ódio ou qualquer hostilidade contra Angola. Recordamos que a FLEC combate uma ocupação militar e não pessoas. Além disso, estamos conscientes que não se constrói nada de durável no ódio e no rancor.

Mais uma vez lançamos um apelo a Russ Feingold, enviado especial dos Estados Unidos para a região dos Grandes Lagos, para que exija ao Governo angolano que desenvolva todos os esforços possíveis para negociar o fim do conflito em Cabinda com todos os seus representantes legítimos e implicados seriamente no processo de Paz para Cabinda.

Jean Claude Nzita

Porta voz da FLEC FAC

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Feito em Paris, outubro 14, 2014

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