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Terça, 06 Setembro 2022 11:27

UNITA acusa líderes das CPEs de mentir em "entrevista encomendada" sobre não reclamação de irregularidades

O principal partido da oposição angolana, UNITA, desmentiu esta terça-feira, 06 de setembro, as informações prestadas aos órgãos de comunicação social públicos, pelos mais diversos presidentes das Comissões Provinciais Eleitorais sobre a não reclamação de irregularidades nos actos eleitorais nas províncias.

Segundo dados que Angola24horas teve acesso, de fonte oficial Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA e candidato a presidente da República, surgiu de forma inusitada por via da comunicação social do Estado, mormente a TPA, TV ZIMBO e RNA, uma sucessão orientada e bem coordenada de entrevistas à todos os Presidentes das Comissões Provinciais Eleitorais- CPEs- que em uníssono tentaram passar uma mensagem que visou confundir e iludir os angolanos, com a narrativa segundo a qual não teria havido uma única reclamação apresentada pela Candidatura da UNITA nas Comissões Provinciais Eleitorais.

"Tudo mentira!", assegura a UNITA, referindo que os Presidentes das CPE, com raras excepções, não só mentiram aos angolanos mas também, o que não é menos grave, alinharam numa narrativa política que pretende condicionar o andamento dos processos interpostos no Tribunal Constitucional.

De acordo a UNITA, trata-se de um vergonhoso engodo que veio demonstrar que a CNE não raras vezes se perfila na pele de um competidor.

"Os factos são os seguintes, A revisão operada na Lei Eleitoral, retirou às Comissões Provínciais Eleitorais a competência para efectuar o apuramento e escrutínio dos
resultados dos círculos provinciais. Não há escrutínio nem apuramento de resultados nos círculos provinciais. Tudo está concentrado em Luanda na CNE, onde se efectua o escrutínio e o Apuramento" denuncia a UNITA.

A contagem de votos do círculo provincial e a consequente distribuição de mandatos, garante, não se efectuou nas províncias e muito menos nos municípios.

Explica que, o que as províncias fizeram foi um exercício residual de conferir boletins de voto reclamados vindos das Assembleias, conferir os votos nulos e nada mais do que isso.

Assim, sublinha que, não havendo escrutínio nem apuramento, as irregularidades notadas na fase do escrutínio e apuramento são reclamadas em Luanda junto da CNE e não nas Comissões Provinciais Eleitorais.

"No que diz respeito a ausência de qualquer reclamação nas províncias, de tão desonesta, obriga-nos a desmentir os Senhores juízes que deram o corpo ao manifesto, em defesa de uma narrativa encomendada pelo partido que controla a organização e a condução das eleições", conforme se pode ler na nota de esclarecimento tornada pública esta manhã.

Entretanto, confirma existência de reclamações versando assuntos que se enquadram nas várias fases do processo, em várias províncias, e algumas respostas dadas pelos mesmos Presidentes das CPEs que na televisão mentiram aos angolanos.

"Afinal Houve ou não houve reclamações nas províncias?", questiona finalmente.

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