Incompetência endémica que penaliza a governação
De acordo com Luís de Castro, o casamento entre corrupção e incompetência funciona como uma verdadeira bomba atômica, que tem levado o país para o marasmo que se encontra.
Entende também que a questão da paridade que o Presidente João Lourenço, quer a todo custo levar como bandeira, faz-lhe manter em lugar cimeiros de gestão político-administrativo pessoas que não estão a dar conta do recado, mesmo se socorrendo ao Plano de Desenvolvimento Nacional e/ou Plano de Desenvolvimento Local.
Neste quesito, refere, a província do Huambo está a ser uma péssima aluna, e demonstra ser a prova mais evidente do desalinhamento ao progresso do seu tecido social e económico.
"Alguém precisa dizer ao PR João Lourenço que não se equipara por decreto o que é desigual por natureza. O PR precisa perceber que a pretensa igualdade do género não é um critério sério para servir de base a decisões sérias", apelou
Observou também que, numa altura em que a divisa do partido no Poder no VIII Congresso foi a renovação e aposta na juventude, o MPLA no Huambo saiu do conclave mais envelhecido e medíocre em termos de elasticidade mental.
Para não variar, aponta, a primeira Secretária Provincial do partido, mesmo depois de ver a lista de candidatos acrescida para nove, em detrimento dos cinco habituais, preteriu à lista de suplentes para colocar gente da sua conveniência que, certamente, só vai fazer figura de corpo presente.
"Sobre o Huambo e a actual governação há muito que se diga, desde o compadrio, nepotismo, obras abandonadas, ou seja, um rosario de infinidade que deixa qualquer mortal (no seu juízo perfeito) de queixo caído", relatou.
Denunciou, no entanto, as escolas pagas, o edifício dos antigos combatentes, a estrada do bairro da juventude, já aprovadas por despacho presidencial, continuam moribundas por falta de proatividade do governo provincial.
"Diante deste simplório, a pergunta que não quer calar: qual foi o critério para o PR punir Júlio Bessa, no Cuando Cubango, e continuar a premiar a incompetência no Huambo?", questionou.
Assim, Luís de Castro credita que o povo do Huambo terá a oportunidade de traçar melhor o seu destino nas eleições do próximo ano, e deixar de lado os "Chicos/as espertos/as", que no fundo não passam de "aprendiz de governante".