O Eng. Civil, António Venâncio, primeiro e único militante que decidiu enfrentar o seu presidente no Congresso Ordinário do MPLA, agendado para Dezembro próximo, faz este anúncio depois do seu partido ter dado por encerrado o prazo para entrega das candidaturas à presidência.
O pretendente à liderança, segundo soube Angola24Horas, não fez à tempo a formalização da sua candidatura por não ter cumprido com os requisitos necessários, concretamente as duas mil assinaturas, em consequência de inúmeras dificuldades na recolha.
Em reacção aos factos e à coragem, bem como o esforço que este militante veterano tem vindo a desenvolver ao longo do que se considera reforço à clara evidência da democratização interna do MPLA, Maria Luisa Abrantes, disse que depois do isolamento ao militante é bem provável que o MPLA possa dar um uma resposta positiva à intenção.
Para Maria Luisa Abrantes, se à partida e antes da recepção das candidaturas, já houve declarações de apoio de organizações do seu Partido e do próprio MPLA ao candidato "natural" João Lourenco, assim como passeatas em várias províncias para influenciar os militantes a votar no mesma, significa claramente que a campanha começou mal.
Disse então que, os factos que antecedem já influenciaram o resultado do jogo, com o que se chama em linguagem comum de "batota".
"Por isso, caro compatriota, admiro o seu esforço, mas acredito que lhe darão uma resposta positiva para brincar consigo depois de o ISOLAREM, porque o povo está menos preparado. De "kuilo"
(esquebra) ainda aproveitarão mostrar falsamente a todo o mundo que são o que nunca foram (democratas)", apelou Maria Luisa Abrantes.
António Venâncio informou também que, em relação à sua intenção, continuam os esforços de recolha de subscrições em algumas províncias do país, aguardando que a reclamação apresentada no dia 04 de Novembro possa merecer deferimento.
Em tempo útil, esclareceu, foi támbem requerida uma prorrogação de prazo (por razões objectivas e subjectivas que julgamos serem atendiveis) convictos num despacho favorável à pretensão manifestada.
Segundo divulgou, as contagens do momento indicam que foram ultrapassadas as 2000 assinaturas já recolhidas, e milhares de militantes continuam expectantes quanto ao processo, aguardando por sinais inequívocos por parte das direcções locais do partido, que assegurem a mais ampla e livre participação dos militantes, para que possam subscrever, querendo, uma segunda pretensão ao cargo de presidente do MPLA.
"Esperamos que tudo corra bem, e possamos, tal como almejam milhares de militantes que pretendem declarar-nos o seu apoio, participar com toda a legitimidade no processo da democratização interna do nosso partido", disse.
