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Domingo, 04 Abril 2021 13:05

Desafio de Angola já não é a paz das armas e sim a luta contra a miséria

O jornalista Reginaldo Silva, ao responder a críticas de Artur Queiroz, contra a deputada da UNITA, Mihaela Webba, sobre o almoço alusivo ao Dia da Paz, disse que o grande desafio hoje para Angola, já não é propriamente a paz das armas.

"Felizmente, PAZ é o que continuamos a ter e com FARTURA. O resto é o resto. Olhem para outros países que nunca tiveram guerra e observem os níveis da "radioactividade política".

Olhem para certos parlamentos com aquelas sessões de pancadaria a serem transmitidas em directo.
Olhem para o assalto ao Capitólio, para Myanmar/Birmánia", apelou.

Para o jornalista angolano, Reginaldo Silva, o desafio de Angola, já não é mais a paz das armas mas sim a luta contra a miséria, cujo sucesso está muito dependente da boa governação.

Disse igualmente que é daí que estão a sair todos os dias novos e destemidos "guerrilheiros", por sinal muito jovens, que na calada da noite podem paralizar cidades/vilas inteiras, dando cabo das suas infra-estruturas apenas com um alicate.

"É aí que está o maior desafio de Angola nos próximos 19 anos.
Concentrem-se, por favor", apontou.

Maurilio Luiele, deputado da bancada parlamentar da UNITA que também respondia a Artur Queiroz, numa publicação em que critica duramente Mihaela Webba, considerou que, este retrógrado incendiário (Artur Queiroz), aparece em momentos escolhidos a dedo.

"O seu ressurgimento é prova acabada de que o regime não mudou nada. A solução para nos livrarmos desta escória já conhecemos", segundo o deputado Luiele.

Vale recordar que, Artur Queiroz, considerou que Mihaela Webba é uma estrela do partido UNITA mas, felizmente para ela, ainda não era nascida quando o criminoso de guerra, Jonas Savimbi e seus sicários atiravam com mulheres e crianças para as fogueiras da Jamba.

"A ilustre deputada e jurista também não existia quando o movimento do Galo Negro fornecia “Flechas” à PIDE e Tropas Especiais ao exército de ocupação", disse.

Em 1975, continuou, o seu partido alugou as armas ao regime racista de Pretória, a Mobutu e a todos os que fossem contra a independência de Angola. Mihaela, ainda não era nascida. Nesse ano glorioso, nesse mágico Novembro, nesse dia 11 de todas as liberdades, a ilustre deputada ainda nem era um projecto de vida. Felizmente para ela.

Em causa está o facto de a deputada ter criticado o Presidente da República, João Lourenço, pelo não convite a ACJ para o almoço alusivo ao Dia da Paz em Angola.

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