O XIII Congresso Ordinário da UNITA deliberou a criação de duas vice-presidência, tendo Adalberto Costa Júnior indicado o nome da deputada Arlete Liona Chimbinda para 1ª vice-presidente, e o então secretário provincial do partido no Bengo, Simão Albino Dembo, sido nomeado 2º vice-presidente.
Deputada a Assembleia Nacional, Arlete Chimbinda é licenciada e tem o mestrado em Ciências Políticas. Antes de integrar o Parlamento, em 2017, trabalhou como docente universitária. A nomeação de secretário-geral da UNITA recaiu sobre Álvaro Chikwamanga Daniel, que substitui no cargo Franco Marcolino Nhany.
Para secretário-geral adjunto foi nomeado Virgílio Pedro Samussungo, tido como "um exímio mobilizador de massas" e que até à data da sua nomeação exerceu funções de secretário provincial na Lunda-Sul. Na antiga direcção, o cargo de secretário-geral adjunto foi exercido por Rafael Massanga Savimbi, um dos filhos do fundador do partido, Jonas Malheiro Savimbi.
Outra novidade na nova direcção da UNITA é a criação do cargo de secretário-geral adjunto para as Autarquias Locais, a ser exercido por Lázaro Kakunha, que deixa as funções de secretário nacional de gestão de quotas.
O cargo deixado vago por Adalberto Costa Júnior na presidência do grupo parlamentar da UNITA passa a ser ocupado por Liberty Chiyaka, que deixa, assim, o cargo de secretário provincial do Huambo. Liberty Chiyaka tinha manifestado a intenção de concorrer à liderança da UNITA, mas dias depois desistiu da ideia, com a justificação de que havia várias coincidências de pontos de vista com os outros candidatos.
De acordo com uma nota da UNITA, Adalberto Costa Júnior disse pretender manter estabilidade do partido e não prevê fazer muitas mudanças na direcção. Entretanto, mais nomeações são esperadas para os próximos dias.
Ainda na noite do sábado, foi também eleita a nova Comissão Política da UNITA, tendo tomado posse perante o XIII Congresso. O novo órgão passa a ser integrado por 351 membros efectivos e 60 suplentes. O alargamento dos membros da Comissão Política foi justificado pela necessidade de se dar maior espaço às mulheres e jovens no órgão deliberativo, nos intervalos dos Congressos.
Entre os membros da Comissão Política destaca-se os nomes do ex-presidente, Isaías Samakuva, a esposa, Albertina Inês Samakuva, os então candidatos à liderança do partido como Alcides Sakala, Raul Danda e José Pedro Kachiungo, bem como figuras de proa como Ernesto Mulato, Eugénio Manuvakola, Mártires Correia Victor, Demóstenes Chilingutila e Marcial Dachala. Entre a juventude, há a destacar, além do actual secretário-geral da JURA, Agostinho Kamuango, nomes como os de Adriano Sapiñala, Manuel Ekuikui e Elsa Pataco.