Quinta, 19 de Junho de 2025
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Sábado, 19 Abril 2014 11:49

Angola real dominou conversa entre José Eduardo dos Santos e Isaías Samakuva na Cidade Alta

É um prazer ter-vos de novo, sobretudo porque já faz muito tempo desde que não tivemos mais oportunidade para travarmos as nossas habituais conversas.

Na realidade, desde a última vez que estivemos aqui, o país conheceu vários desenvolvimentos, nos diversos sectores da actividade nacional. Gostaríamos de realçar os aqui, os desenvolvimentos que a vida politica do nosso país tem conhecido, tanto na Casa das Leis como fora dela, no discurso político dos dirigentes do país nas relações entre os angolanos, na base da sua diversidade politica, social e económica. Também tivemos a oportunidade de viajar pelo pais de contactar jovens, adultos, homens e mulheres, jovens e anciãos. Nisso tudo, e com muita preocupação que constatamos que a situação social e económica dos cidadãos continua a ser de extrema pobreza e em sentido de degradação.

A falta de emprego, falta de prestação de serviços eficientes, tanto na saúde, na habitação e a falta de água, energia, transportes públicos, para além da constante subida do custo de vida, constituem um drama cuja solução não se vislumbra no horizonte da vida dos angolanos. Pior do que isso, nós constatamos também que a situação de segurança física do cidadão também degradou-se.

Por outro lado, nós constatamos que a atitude dos governantes em relação ao processo de reconciliação nacional, mudou. Ficamos com impressão clara de que o processo de reconciliação nacional acabou, foi anulado. Na realidade, as declarações do governantes ou de responsáveis do partido que sustenta o governo, passaram a reflectir claramente uma atitude que ignora completamente o espirito e a letra dos acordos de paz. Os governantes passaram a evocar mais os feitos de guerra com memoriais que se levantam aqui e acolá do que aquilo que deve contribuir para a consolidação do processo de reconciliação nacional. O processo democrático conheceu um recuo, que se fizeram sentir, tanto na Assembleia Nacional como nos outros sectores da vida nacional.

É perante esta situação, que a UNITA, na voz dos seus dirigentes, foi fazendo pronunciamentos, em várias ocasiões e em vários fóruns, públicos e privados, manifestando a sua preocupação, face a evolução que o país está a conhecer, questionando mesmo o papel dos dirigentes do pais face a esta situação tão perigosa para todos os angolanos.

Durante a reunião que tivemos com o Senhor Presidente da República, compreendemos que os nossos apelos, as nossas preocupações, sobretudo, aquelas que dizem respeito a necessidade e um diálogo permanente, amplo e abrangente para evitar que o país continue a viver a situação acima já referida, foram escutadas pelo Senhor Presidente da Republica , com quem passamos em revista diversos aspectos destas questões que o país vive.

UNITA/AO24

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