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Terça, 03 Novembro 2015 13:00

Viva a UNITA da cidade alta!

O recente anuncio de candidatura à reeleição do Dr Isaías Samakuva a liderança da UNITA só vem confirmar a flagrante inabilidade do mesmo identificar o obvio do erro. Não é difícil de perceber o quão vulnerável é aceitável estabelecer o rito da democracia no interior dos partidos políticos tradicionalmente envolvidos no processo da guerra angolana.

A passividade da mensagem de Samakuva é evidentemente tola e ambígua, e demonstra a sua forte atração pelo erro.

Após três derrotas eleitorais, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva demonstrou ter uma gigantesca falta de tacto politico, ao recandidatar-se para um novo mandato na liderança do partido do galo negro, o politico arrisca-se a atirar totalmente o seu patrimônio politico para o ralo do esgoto da podridão politica! O anuncio do líder da UNITA só confirma que o partido do galo negro é um partido derrotista, não vencedor.

Ao recandidatar-se para mais um mandato como presidente da UNITA, Isaías Samakuva demonstra claramente que não é nenhum animal politico com faro bem apurado.

O ensurdecedor anúncio da recandidatura de Isaías Samakuva para mais um mandato afrente do partido UNITA, foi um autentico tiro no seu próprio pé. Até o presente momento não se conhecem as verdadeiras razões que levaram Samakuva a recandidatar-se uma vez mais a liderança do partido por ele conduzido há 12 anos ininterruptamente. Essa condenável recandidatura do atual líder da UNITA demonstra taxativamente o seu desmedido apego pelo poder.

Isaías Samakuva é de facto um politico medíocre sem a estatura e a visão dos grandes lideres.

As oposições e o povo viriam com bons olhos uma eventual candidatura suprapartidária em Isaías Samakuva caso ele gerisse qualitativamente a sua carreira politica, acredito que o pacifismo do líder da UNITA apesar de exagerado, ajudaria e muito a oposição parlamentarista a retirar-se do ostracismo em que voluntariamente se remeteu. 

O Dr. Isaías Samakuva ao provar do veneno da ganancia do poder pelo poder acabou enrodilhado no seu próprio vômito.

Infelizmente, a combinação explosiva da ambição exagerada de Samakuva misturada a sua desmedida ganância e o apego ao poder falaram mais alto, e, uma vez mais, acompanharemos em direto a quarta derrota consecutiva da gestão de Samakuva, no próximo pleito eleitoral viciosamente fraudulento de 2017.

O presidenciável Isaías Samakuva fechou a porta a si mesmo ao desejar perpetuar-se voluntariosamente no poleiro do galo negro, ele mesmo impossibilitou-se de ser reconhecido na centralidade da cidadania militante da UNITA como o fiel da balança.

Samakuva e JES são idênticos animais gémeos siameses pré-jurássicos em via de extinção.

Samakuva assim como JES, nada mais têm de valioso para oferecer a UNITA e ao MPLA, e muito menos aos angolanos. Na verdade o patrimônio politico de Samakuva é idêntico ao de José Eduardo dos Santos. Ambos vivem momentos de clara de concordata pública, “leia-se falência política”.

A longevidade de ambos no poder dos partidos a si acorrentados transformou-os em pessoas vulneráveis, por sua vez, os partidos a eles aprisionados desmoronam-se acabando por transformar-se em organizações politicamente fragilizadas e operativamente inviáveis.

A entrada do General Lukamba Gato em cena na de novo trará para o futuro da UNITA enquanto for um partido fraco aliado do inquilino da cidade alta.

Lukamba Gato não é nem mais fraco nem mais forte e sequer mais idôneo do que Isaías Samakuva, ambos são farinha envelhecida mesmo saco, essa candidatura representa mais do mesmo, apenas representam o passado ritual da UNITA do dr Jonas Savimbi, que não voltará nunca mais.

Que será da unita após mais um fracasso enunciado de Samakuva?

O que fará ou dirá Isaías Samakuva depois da sua quarta derrota consecutiva que se avizinha a todo galope? Dirá repetidamente que houve fraude eleitoral? Disso já todos sabem em Angola e fora dela, o problema é que Samakuva não quer ser honesto e dizer aos angolanos o que o motivou de facto a concorrer uma vez mais ao cargo de presidente da UNITA.

 Será que a promessa de JES do passado pleito eleitoral fraudulento de ceder a UNITA cerca 68 deputados cumprir-se-á nesse próximo pleito eleitoral de 2017?

 O meu amigo velho Sam, vai novamente torturar-nos com discursos enviesados cheios de acido, e impropérios perpetráveis eivados fraseologias macabras, que marcarão com certeza momentos de autentica desilusão lúdica mirabolante, após a UNITA sair derrotada no próximo pleito eleitoral fraudulento de 2017!

Á pergunta que não quer calar é: Que razões existem de baixo da insistente recandidatura do dr Isaías Samakuva? Por que um embaixador quer politicamente afundar-se tão negativamente? Por que o velho Sam não liberta a UNITA para que ela siga o seu curso natural rumo a uma eventual democratização no seu interior, como todo angolano de bem tanto deseja?

Um líder partidário negligente não acrescenta nada a um partido ao ponto de torna-lo inteligentemente fortalecido.

O que afirmo aqui, é que um partido da estatura e dinâmica historicamente reconhecido como progressista, não pode sucumbir a sua própria história. O que UNITA necessita neste momento crucial da sua vida não é de lideranças escancaradamente envelhecidas. O povo angolano gostaria de ver uma oposição composta de homens corajosos como o filho da Paulinha Beirão, o nosso Luati Beirão e seus camaradas, dos quais muito nos orgulhamos.

Novidades para a UNITA é Camalata Numa, não são os velhos maquizardes Isaías Samakuva e Lukamba Gato.

O que a militância da UNITA necessita urgentemente é ver afrente do seu partido implícitas novidades, e elas não se chamam Isaías Samakuva nem Lukamba Gato. A novidade misturada com coragem e arrojo para a UNITA no presente, tem um nome e um rosto.

O rosto é o de um general com provas dadas em todas as frentes da vida pública, seu nome é Camalata Numa. O que acontece hoje com a UNITA é caso para entristecer todos quantos desejam que em Angola exista uma oposição forte e coesa, debalde. É caso para gritar alvoroçadamente, viva a UNITA da cidade alta.

Raul Diniz

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