Este último congresso traz muita esperança e espera-se que produza resultados que atendam às expectativas da população. Com uma ruptura radical com o passado que será desejável.
Este congresso realmente será uma oportunidade propícia para usar a pedagogia para enterrar melhor o MPLA sectário em benefício de um verdadeiro partido político que vai ser inclinado na eliminação de todos os legados herdados do passado que mancham ainda mais a sua imagem entre eles, a corrupção, nepotismo, bajulação e a incompetência ...
A modernização do partido é necessária, tem que ser acompanhado no curto prazo por uma renovação de seu pessoal para a credibilidade o discurso do partido.
Os slogans políticos devem dar lugar a temas que afetam o dia a dia do povo angolano e que exigem uma política social eficiente, inclusive social.
Em nome da democracia, é importante que os novos líderes expliquem aos membros do MPLA que Angola não é propriedade do partido no poder, mas pertence a todos os angolanos, independentemente da sua etnia.
Alcance do atraso no processo de desenvolvimento do país deve ser uma espinha dorsal dos políticos angolanos.
O discurso do MPLA tornou-se obsoleto, tem que desenvolver-se para melhorar as realidades actuais do país.
A democracia não pode ser feita por decreto e tem que ser vivida. É, portanto, desejável que, no final deste congresso, uma nova direção na frente do partido.
Em termos concretos, o Presidente João Lourenço deve renunciar à presidência do MPLA para se dedicar melhor na gestão do pais.
Assim, vai ser presidente de todos os angolanos de Cabinda ao Cunene e a história não hesita em projetar-se como um grande reformador.
Pody Mingiedi,
Politólogo, Suiça