O elevado número de mortes por malária em Luanda está a fazer disparar a venda de caixões nas agências funerárias da capital angolana. Os comerciantes afirmam que as urnas para crianças são as que têm mais procura.
O grupo parlamentar da UNITA, maior partido da oposição angolana, exigiu hoje ao Presidente da República, João Lourenço, o reforço das condições de trabalho nos hospitais, que nos últimos dias entraram em “evidente colapso”.
A falta de fármacos e de condições de trabalho nas unidades sanitárias da periferia de Luanda é apontada como a principal razão para as enchentes que se registam nos hospitais de referência na capital angolana.
O bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola mostrou-se hoje preocupado com o número elevado de casos de malária registados no país nos últimos meses, alertando que esta doença mata mais do que a covid-19.
Profissionais de saúde pediram hoje a intervenção do Presidente angolano para “travar” a escassez de materiais descartáveis, medicamentos e de recursos humanos nas unidades sanitárias, sobretudo em Luanda, que registam enchentes e mortes nos bancos das urgências.