Para a RD Congo a “ponte aérea”, que a partir de hoje volta a ligar as duas capitais, as segundas e quintas-feiras, é sinal do estreitamento das trocas de produtos entre comerciantes dos dois Estados secularmente ligados por laços de sangue.
“A interrupção da frequência da TAAG teve um impacto negativo na economia, com muitos comerciantes a serem obrigados a reavaliar ou fechar os seus negócios”, afirmou o comerciante congolês Nfinda Landu, em declarações à imprensa minutos depois do Boeing 737-700 ter poisado o solo congolês democrático.
Para Manfuila Makuia, um dos passageiros do voo inaugural, a reabertura da rota aérea vai evitar os transtornos que era passar por Luvu, uma comuna angolana que se localiza na província de Zaire.
Manfuila Makuia ressaltou que a ligação aérea também vai evitar que as pessoas que se desloquem para as duas capitais arrisquem-se a acidentes de viação no percurso rodoviário decorrentes do consumo de álcool por parte dos motoristas.
Bilhete de passagem a custar 40 mil e 500 kwanzas
Com o bilhete de passagem a custar 40 mil e 500 kwanzas, Manfuila Makuia disse que aproveitou a reabertura da “ponte aérea” para estar uma semana em Kinshasa, onde reside parte dos familiares.
Na cerimónia oficial, O director do gabinete do ministro do Interior da RD Congo, Prince Lufunda, destacou que o reinício da operação da TAAG em Kinshasa vai fortalecer os dois povos por possibilitar maior frequência de congoleses a Luanda e de angolanos a Kinshasa.
Prince Lufunda disse que a retomada dos voos da companhia área angolana a capital congolesa vem complementar os esforços dos governos dos dois países no sector dos transportes, tendo citado o exemplo da ligação ferroviária que vai interligar os caminhos-de-ferro dos países a partir de Luau, no Moxico.
O administrador da TAAG, Luís dos Santos, que representou a direcção da TAAG no acto, disse que as questões que levam a interrupção dos voos da companhia área nacional de bandeira estão ultrapassadas.
Segundo Luís dos Santos, neste regresso a ligações com Kinshasa a TAAG vai fazer o possível para cumprir com a missão de transportar passageiros entre as duas capitais.
Disse acreditar que o relançamento dos voos a Kinshasa abram portas para a construção de estradas para ligar por via rodoviária os dois estados e permitir que os viajantes desfrutem da paisagem neste percurso.
Angola e a República Democrática do Congo (RDC) reforçaram em Janeiro o acordo de cooperação no domínio do transporte aéreo, no âmbito da visita do Presidente da República àquele país.
ANGOP