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Segunda, 09 Março 2015 19:40

Pestana: Projecto de 250 milhões em Luanda parado

O Pestana Luanda Bay, um complexo com hotelaria, habitação, lojas e escritórios projectado para o Bairro da Boavista, na capital angolana, está parado. A indicação foi avançada ao SOL por Dionísio Pestana, presidente do grupo hoteleiro português Pestana que ficou com a gestão do empreendimento, ao nível hoteleiro, da manutenção e da segurança.

“Estamos à espera para ver”, explicou, à margem da Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorreu na semana passada. “Somos minoritários. Os nossos parceiros são angolanos e têm outras prioridades”, sublinha. A conjuntura económica que se vive em Angola levou os investidores a decidir esperar por melhores condições de mercado para avançar.

Promovido pela Soehotur - sociedade de direito angolano entre a angolana GBE (com 55%), o Pestana, dono de 25%, e os brasileiros da Alphaville, que controlam 20% -, o projecto prevê duas torres com 116 apartamentos de luxo cada, hotel de cinco estrelas com 255 quartos e escritórios, restaurantes, casino e discoteca. E representa um investimento de 280 milhões de dólares (cerca de 250 milhões de euros). Já aprovado pelas autoridades angolanas e com licença de construção, previa-se que pudesse estar concluído no início de 2017. Por enquanto, não há obras no terreno.

A retoma “dependerá também do preço do petróleo em Angola e de a economia subirem. Vai demorar algum tempo”, justifica Dionísio Pestana, embora desvalorizando a paragem no processo.

“Não são boas nem más notícias. É sempre bom começar quando o mercado está a subir. Neste momento [o projecto] está em stand by”, remata, acrescentando que o maior grupo hoteleiro nacional tem outros projectos a correr.

Em Nova Iorque, cidade onde o grupo tentava entrar há três anos, prepara-se para investir 50 milhões de dólares (45 milhões de euros euros) num hotel com 176 quartos, próximo de Times Square. “Terá 25 pisos e vamos ter um pouco da cultura do Pestana e de Portugal. Temos de diferenciar o produto em relação à concorrência, porque há cerca de 100 mil quartos de hotel em Nova Iorque”, frisa.

E, em Portugal, este ano vai expandir o hotel Pestana no Porto, inaugurar o Pestana Alvor, no Algarve, e abrir a Pousada de Lisboa, no Terreiro do Paço, em Junho. Na capital também já começaram as obras para um quatro estrelas com 80 quartos, na Rua do Comércio.

“Na Madeira, vamos começar a construir o Pestana Mar e esperamos ainda abrir este ano”. Resulta de uma concessão no Funchal e “consiste num hotel boutique, com 50 quartos, hi tech”, que será a primeira experiência do grupo de um conceito mais virado para a tecnologia e para o divertimento, a pensar num público mais jovem.

Na opinião do hoteleiro, essa será uma das tendências do sector. “Os hotéis de cidade, virados para uma classe jovem, vão ser mais práticos, com internet, e mais diversão. Num hotel tem de haver convívio, cafés”, acredita.

Sol

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