O caso, agora divulgado, aconteceu no município do Cubal e as seis mortes, entre as quais estão, pelo menos, dois elementos da mesma família, resultaram de uma descarga elétrica atmosférica sobre uma residência, indicou o porta-voz do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros.
"As chuvas fortes que se abateram sobre a zona e as descargas elétricas provocaram ainda a destruição de cinco residências", explicou à Lusa Faustino Sebastião.
Duas das vítimas acabaram por morrer no hospital, devido à gravidade dos ferimentos.
As descargas elétricas são um fenómeno comum em Angola e matam anualmente dezenas de pessoas.
A Lusa noticiou em janeiro passado que os edifícios privados angolanos com mais de 25 metros de altura, bem como todos os equipamentos públicos, estão agora obrigados a ter proteção contra raios.
A medida consta da nova regulamentação aprovada pelo Governo angolano, que entrou em vigor a 13 de janeiro, à qual a Lusa teve acesso, prevendo um período transição de 180 dias a três anos, na aplicação de sanções em caso de incumprimento.
A nova legislação estabelece que passa a ser obrigatória a proteção de todos os edifícios públicos. O mesmo acontece com qualquer edifício com mais de 25 metros de altura, bem como estabelecimentos comercias ou industriais com mais de 500 metros quadrados.
A introdução desta regulamentação é justificada pelo executivo, no despacho que a aprova, por se tratar de um país "que, pela sua localização geográfica, está suscetível à ocorrência de fenómenos atmosféricos intensos, como é o caso das descargas atmosféricas". Sendo por isso "necessária a adoção de medidas eficientes que permitam a redução dos riscos causados por este tipo de fenómenos", lê-se.
Os sistemas de proteção a utilizar passam a ser de inclusão obrigatória nos novos projetos de construção.
Foi também criado o Sistema Nacional de Proteção Contra Descargas Atmosféricas, para acompanhar a aplicação da legislação e certificar entidades responsáveis por este processo, integrando o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica e o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros.
LUSA