Para saudar a data várias actividades serão realizadas, em todo o território nacional.
Em Malanje, o acto central provincial vai decorrer no município do Quela, onde será realizada uma palestra sobre “os acontecimentos de 04 de Janeiro de 1961”, cujos oradores são os sobas Teka Dya Kinda e Kimateca, ambos sobreviventes do “Massacre da Baixa de Cassanje”.
A palestra será antecedida com a deposição de uma coroa de flores na “vala comum”, onde foram sepultados os milhares de mortos, na localidade de Teka Dya Kinda, um dos locais da chacina.
O sobrevivente da chacina, bispo da Igreja Metodista Unida Conferência Anual do Leste de Angola, contou que as localidades de Teka Dya Kinda e o município de Chamuteba foram os mais afectados em 1961.
“O estado português achou, naquela altura, que esses negros que não querem continuar a cultivar o algodão merecem ser dizimados, mas, o que é importante e que devia se ter em conta, é justamente essa reivindicação pacífica do povo, para a sua própria liberdade. Mas, esta reivindicação foi recebida com balas de metralhadoras e canhões, por cima de um povo completamente desarmado”, contou o bispo José Quipungo.
