"Nesta época do ano, com o calor, os consumos aumentam e aumenta o défice. Ou seja, a diferença entre aquilo que é possível atender e o que é necessário, por isso é que se sente mais [o corte no fornecimento de eletricidade]", explicou hoje o governante, em declarações aos jornalistas.
A racionalização dos consumos e a manutenção dos equipamentos são medidas a adotar, apontadas pelo Executivo angolano para minorar os problemas dos cortes no fornecimento elétrico.
"Nós vivemos uma situação de défice no fornecimento de energia. A capacidade atualmente instalada não consegue ainda cobrir as necessidades existentes. E as necessidades crescem todos os dias, constroem-se novos bairros, novos edifícios", reconheceu o ministro João Baptista Borges.
A 15 de outubro, no discurso na Assembleia Nacional sobre o estado da Nação, o Presidente angolano destacou a prioridade dada ao setor da Energia nos próximos anos, com vários investimentos em curso. Nomeadamente a ampliação da barragem de Cambambe ou a construção da barragem de Laúca e da Central do Ciclo Combinado do Soyo.
"Que nos permitirá aumentar a potência instalada dos cerca de 2.162 MegaWatts [MW] atuais para cerca de 5.000 MW até 2017, que é uma tarefa gigantesca em qualquer parte do mundo. Paralelamente, será ampliado o sistema de transporte e distribuição de energia elétrica para colocar este bem à disposição da população e das empresas", destacou, na ocasião, José Eduardo dos Santos.
No mesmo sentido, o ministro da Energia e Águas afirma que a capacidade energética projetada permitirá, no "médio prazo", fazer com que a "oferta ultrapasse a procura" em Angola.
LUSA