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Sexta, 29 Agosto 2014 14:14

Angola descarta possibilidades de encerrar fronteiras por causa do Ébola

O Coordenador Nacional do Centro de Processamento de Dados do Controlo de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eusébio Manuel, descartou nesta quinta-feira, em Benguela a possibilidade de se encerrar as fronteiras por causa da febre hemorrágica de ébola, como uma das medidas de segurança contra.

Eusébio Manuel que falava à imprensa, a margem do encontro de sensibilização sobre o ébola, dirigida aos profissionais de saúde, explicou que o momento não justifica tal medida, "uma vez que em 2005 quando Angola registou o problema do Marburg e o país controlou a situação com as fronteiras abertas", disse.

Segundo o coordenador, "a Organização Mundial de Saúde (OMS), não ordena o encerramento de fronteiras. Alguns países de África tomaram essa medida, mas ainda não é o caso de Angola".

O funcionário sénior da saúde reafirmou o engajamento das autoridades na preparação de medidas que permitam fazer frente, com eficâcia, à possíveis casos de febre hemorrágica, que afecta quatro países de África Ocidental, nomeadamente, Serra Leoa, Libéria, Guiné Conacri e Nigéria.

Entretanto, a República Democrática do Congo (RDC), país que faz fronteira com Angola,  registou 11 mortes por ébola.

"É importante preparar o pessoal médico para evitar contágio dos profissionais de saúde, pois a Ébola é reconhecida pela infecção”, sublinhou.

Também membro da comissão de protecção civil, Eusébio Manuel disse que o principal para os profissionais de saúde é o uso de meios de bio-segurança, tanto individual como no cômputo geral.

Exortou as autoridades na província a criarem condições de isolamento em todos os municípios para, em caso de se registar um indício, poder-se controlar e diariamente informar ao sistema nacional de saúde pública.

Por seu turno, o representante da OMS em Benguela, o médico Nicolas Velardes disse que a província de Benguela está ainda na fase de preparação, numa altura em que as autoridades a nível nacional dão passos significativos para prevenção da doença, assim como medidas profiláticas, caso se detecte um caso suspeito.

O ébola é uma doença sem cura ou vacina específica, recomenda-se o tratamento do padrão para a doença limita-se à terapia de apoio, que consiste em hidratar o paciente, manter seus níveis de oxigénio e pressão sanguínea e tratar quaisquer infecções.

Apesar das dificuldades para diagnosticar o ébola, nos estágios iniciais da doença, aqueles que apresentam os sintomas devem ser isolados e os profissionais de saúde pública notificados.

Participaram no encontro profissionais da saúde na província, representantes dos serviços de protecção civil e bombeiros, dos serviços de saúde das forças armadas angolanas e da polícia nacional.

Angop

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