O balanço provisório das autoridades angolanas aponta para 22 mortos, 197 feridos e 1.214 detenções, nos dois dias de tumultos registados na província de Luanda, durante uma paralisação de taxistas, avançou o Governo angolano.
O ativista e jornalista angolano Rafael Marques critica o Presidente de Angola, João Lourenço, por ainda não ter dado explicações ao país sobre a "crise de segurança pública" em Luanda e responsabiliza-o pela situação que se vive no país.
A Polícia Nacional angolana anunciou esta terça-feira a morte de um oficial em serviço, Fernando Bunga na província de Icolo e Bengo, e subiu para 1.214 o número de detidos durante os dois dias de paralisação de taxistas marcados por atos de vandalismo.
Analistas angolanos consideram que os protestos violentos registados segunda-feira e hoje em Luanda eram previsíveis face à degradação das condições de vida da população.
Líderes religiosos disseram hoje que Angola vive momentos difíceis de pobreza e miséria, pedindo aos cidadãos urbanidade e civismo nas suas “justas reivindicações”, e defenderam que as autoridades devem promover o diálogo e não ignorar o desgaste da população.