A Procuradoria-Geral da República de Angola disse na segunda-feira, 18, não haver qualquer processo contra o antigo presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, a correr naquela instituição, ao contrário do que o próprio disse ao jornal português na sua edição de domingo, 18.
A Procuradoria-Geral da República garantiu hoje ao Novo Jornal que não há qualquer processo de inquérito aberto contra Adalberto Costa Júnior, desmentindo "categoricamente" a notícia do jornal português Público, que avançou este domingo que a PGR angolana "deverá anunciar" esta semana "que vai investigar a queixa-crime apresentada em Março contra o então líder da UNITA (...) por tentativa de homicídio".
Adalberto Costa Júnior afirma ao PÚBLICO que se ri da acusação sem fundamento, “com pena” do “triste espectáculo que João Lourenço está a servir ao país”. Para o destituído líder da UNITA, “é óbvio que isto tem a mão do senhor Miala, o chefe dos serviços de inteligência”.
A decisão do Tribunal Constitucional de anular o congresso da UNITA divide os juristas angolanos com alguns a considerarem isso como um exemplo do desacreditar do sistema jurídico angolano, mas outros culpando a UNITA e o próprio Adalberto Costa Júnior pelo erro cometido na sua candidatura.
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Luanda, em defesa do Estado democrático, gritando “fora” ao MPLA, partido no poder desde a independência de Angola, há quase meio século, e defendendo o líder da UNITA deposto, Adalberto da Costa Júnior.