O deputado angolano Nelito Ekuikui, que lidera a ala juvenil da UNITA, maior partido da oposição angolana, considera, em entrevista à agência Lusa, que Angola não é uma democracia mas sim uma autocracia, que pode colapsar perante protestos populares.
O deputado angolano Nelito Ekuikui considera que o seu partido, a UNITA, maior formação da oposição em Angola, "tem pago um preço muito caro a segurar o povo, garantindo a estabilidade" no país.
A Assembleia Nacional angolana rejeitou, considerando infundadas, acusações da UNITA sobre obstrução da ação fiscalizadora dos deputados, afirmando que se baseiam num Regimento já revogado, que alargava aos grupos parlamentares a competência de fiscalização.
A Comissão de Mandatos, Ética e Decoro Parlamentar vai esta quinta-feira, 29, ouvir os seis deputados do Grupo Parlamentar da UNITA que visitaram Morgue Central de Luanda, sem autorização prévia da presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira.
Em entrevista ao Expresso, o secretário-geral da JURA, a ala jovem do principal partido da oposição angolano, não poupa nas críticas ao MPLA, que governa o país há 50 anos. Apontando a captura das instituições como o maior obstáculo à mudança, propõe a eleição de juízes e a exclusão da Casa Militar do Presidente dos processos eleitorais. Nelito Ekuikui acusa João Lourenço de não ter sentido de Estado e evita falar das tensões internas na UNITA.