Os governos angolano e brasileiro declararam hoje que acompanham com "grande atenção e preocupação" a crise política na Guiné-Bissau e condenaram "veementemente o recurso à violência" e "tentativas de assunção de poder por meios não constitucionais".
O Presidente interino da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, renunciou este domingo ao cargo, alegando que os interesses dos guineenses são superiores aos seus. A renuncia foi feita na casa de Cipriano, em Bissau, numa declaração aos jornalistas.
O autoproclamado presidente Sissoco Embaló demitiu o primeiro-ministro em funções e nomeou outro político para o cargo. Militares tomaram conta da rádio e televisão públicas, suspendendo as emissões. Portugueses aconselhados a restringirem circulação em Bissau.
O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN) da Guiné-Bissau instou hoje Portugal e Angola a prestarem esclarecimentos sobre o paradeiro de 12 milhões de dólares doados por Luanda ao Governo guineense, cuja utilização está envolvida em polémica.
Gomes Júnior disse confiar na Justiça do país, caso pretenda esclarecer o paradeiro e a utilização dos 12 milhões de dólares que Angola doou ao país em 2012, como apoio orçamental.