Penteados compridos e alegados “cortes extravagantes” continuam a ser razões para os alunos perderem aulas nas escolas de Luanda, onde persiste a obrigatoriedade do corte de cabelo, para “salvaguardar a higiene”, mas também para evitar supostas “incitações à violência”.
Um grupo de 15 professores da Escola Portuguesa de Luanda (EPL), angolanos e portugueses, queixa-se de “despedimento irregular” por parte da comissão provisória da instituição de ensino, considerando que lhes foi imposta a assinatura de acordo “ilícito”.
Professores universitários angolanos decidiram hoje interromper a greve, que dura desde 03 de janeiro passado, até outubro próximo, “a pedido dos bispos católicos, que reconhecem a razão dos professores e recomendam ao Governo a resolver o problema”.
O líder do Conselho Nacional da Juventude, Isaías Kalunga, afirmou que a maior plataforma juvenil espera por mais abertura e oportunidades da Embaixada dos Estados Unidos de América em Angola, nos programas de treinamento e formação, que as instituições americanas colocam à disposição para os jovens do país.
O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) disse hoje que o retorno à greve dos professores universitários “caiu como uma bomba” no seio da classe estudantil, manifestando-se “tristes e indignados” pela “falta de sensibilidade” dos docentes e do Governo.