O balanço anterior era de 26 mortos, 11 no aeroporto de Zaventem e 15 na estação de metro de Maelbeek, e 136 feridos.
Segundo dados divulgados pela ministra da Saúde belga, Maggie de Block, cerca das 14:00 locais (13:00 em Lisboa), 14 pessoas morreram nas duas explosões ocorridas no aeroporto e, segundo o Ministério da Justiça, 81 ficaram feridas.
Segundo informações da empresa que explora o metropolitano, a STIB, avançadas cerca da mesma hora, 20 pessoas morreram na estação de metro, Segundo o presidente da câmara de Bruxelas, 106 pessoas ficaram feridas em Maelbeek, 17 das quais estão em estado grave.
O anterior balanço da STIB era de 55 feridos na estação de metro, 10 dos quais em estado grave.
Entre eles, há uma vítima de nacionalidade portuguesa, que estaria no metro de Maalbeek aquando da explosão. Esta encontra-se fora de perigo.
Duas explosões registaram-se hoje de manhã, cerca das 08:00 locais (07:00 em Lisboa), no aeroporto de Zaventem e uma terceira, cerca de uma hora mais tarde, na estação de metro de Maelbeek, perto das instituições europeias.
As três explosões foram qualificadas pelas autoridades belgas como atentados terroristas.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, confirmou que uma das explosões no aeroporto foi causada por um ataque suicida.
Ele classificou a ação como "violenta e covarde" e disse que foi um "momento trágico na história do país".
O presidente americano, Barack Obama, está em Cuba, mas enviou uma mensagem de apoio ao governo belga. "Nós podemos e nós vamos derrotar esses que ameaçam a segurança das pessoas ao redor do mundo", afirmou.
Reivindicação
Grupo islâmico extremista proclama a autoria pelas três explosões que hoje mataram mais de três dezenas de pessoas, avança a Sky News.
A Sky News acaba de adiantar, através do Twitter, que o Estado Islâmico reivindicou a autoria das três explosões que hoje de manhã mataram mais de três dezenas de pessoas (34, até à hora desta notícia – 15h28) e fizeram quase duas centenas de feridos.
A BBC cita a agência A'maq, com ligações ao grupo 'jihadista': "Combatentes do Estado Islâmico cometeram uma série de ataques à bomba com cintos de explosivos e engenhos, na terça-feira, visando um aeroporto e uma estação de metro no centro da capital belga, Bruxelas".
Há outras fontes internacionais como o Independent que dão também conta da celebração dos ataques feita por apoiantes do grupo islâmico extremista no 'mundo online'.
Recorde-se que, antes desta reivindicação, o procurador federal belga, Frédéric Van Leeuw, admitiu a possibilidade de algum dos autores dos atentados de Bruxelas, que provocaram pelo menos 34 mortos, estar "em fuga", tendo desde logo colocado a possibilidade de os ataques terem sido "provavelmente desencadeados por terroristas suicidas".
França
A França anunciou que vai empregar 1600 agentes para reforçar a segurança nas fronteiras após as explosões em Bruxelas. Os policiais irão para aeroportos, estações de trens e postos de fronteiras.
Segundo a polícia francesa, os ataques de novembro em Paris, que mataram 130 pessoas, foram em grande parte planejados em Bruxelas por pessoas ligadas ao grupo autodenominado "Estado Islâmico".
Após a prisão de Abdeslam, que seria o principal responsável pelos ataques, o ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Didier Reynders, disse que a descoberta de armas indicava que cúmplices dele poderiam realizar novos ataques.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques. Mas apoiadores do Estado Islâmico elogiaram a ação nas redes sociais e parecem acreditar que o grupo é responsável por ela.
Alguns estão usando, em árabe, a hashtag #BruxelasEmFogo para elogiar os eventos. Os apoiadores do EI usaram hashtags semelhantes para comemorar os ataques de Paris.
Se o Estado Islâmico de fato for o responsável pelos ataques, é provável que só assumam a responsabilidade depois que a ação for concluída, ou seja, quando não houver mais ataques planejados ou quando todos os que atuaram neles tiverem fugido (ou morrido), como foi feito em outras ocasiões.
Já os partidários da al-Qaeda não estão sendo tão ativos sobre os ataques nas redes.
BBC Brasil