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Quinta, 18 Fevereiro 2016 17:40

Ataque da Renamo a posto de controlo da polícia faz pelo menos um morto em Moçambique

Pelo menos uma pessoa morreu num ataque da Renamo, maior partido de oposição moçambicano, a um posto de controlo rodoviário na Gorongosa, no centro de Moçambique, indicou fonte policial.v

"Os homens armados da Renamo [Resistência Nacional Moçambicana] atacaram o nosso posto e as forças de defesa responderam de imediato", disse à Lusa a oficial de imprensa do comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Sofala.

Sididi Paulo, acrescentou que um dos membros do maior partido de oposição foi morto durante a troca de tiros.

O administrador de Gorongosa, Manuel Jamaca, citado esta tarde pela Rádio Moçambique, disse que as forças de defesa e segurança também registaram um morto em consequência da troca de tiros, mas esta baixa não é confirmada pela oficial de imprensa.

A responsável policial disse que, à semelhança dos incidentes registados nos últimos dias, o novo ataque aconteceu durante a madrugada, às 01:05 locais (23:05 de terça-feira em Lisboa), quando homens armados da Renamo atacaram um posto de controlo rodoviário à entrada da vila de Gorongosa.

"A situação agora está calma e as forças de defesa e segurança estão no local", afirmou Sididi Paulo, salientando que, devido à hora do incidente, as populações que vivem no local não correram "grandes riscos".

Nos últimos meses, Moçambique tem conhecido um agravamento da violência política, com relatos de confrontos entre o braço militar da Renamo e as forças de defesa e segurança, além de acusações mútuas de raptos e assassínios de militantes dos dois lados.

Na semana passada foram também atribuídos à Renamo ataques a viaturas civis nas principais estradas do centro de Moçambique.

Afonso Dhlakama, que reapareceu numa base da Renamo na Gorongosa na quinta-feira, não era visto em público desde 09 de outubro, quando a polícia cercou a sua residência na Beira, alegadamente numa operação de recolha de armas, no terceiro incidente grave em menos de um mês envolvendo a comitiva do líder da oposição.

No dia 20 de janeiro, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, foi baleado por desconhecidos no bairro da Ponta Gea, centro da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, e o seu guarda-costas morreu no local, num caso que continua por esclarecer.

Apesar da disponibilidade para negociar manifestada pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, o líder da Renamo diz que só dialogará depois de tomar o poder em seis províncias do norte e centro do país, onde o seu movimento reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.

Lusa

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