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Sexta, 24 Março 2023 18:01

Governo ruandês vai soltar ex-gerente de hotel que inspirou filme 'Hotel Ruanda'

Paul Rusesabagina, ativista que inspirou o filme "Hotel Ruanda", é algemado Paul Rusesabagina, ativista que inspirou o filme "Hotel Ruanda", é algemado

O governo da Ruanda informou nesta sexta-feira (24) que vai soltar o opositor político Paul Rusesabagina, que ficou conhecido por ter inspirado o filme de Hollywood "Hotel Ruanda".

Rusesabagina abrigou cerca de 1.200 refugiados no hotel em que trabalhava, o Hôtel des Mille Collinesem, na capital Kigali, durante a guerra civil entre tutsis e hutus pelo comando do país que matou mais de um milhão de pessoas em 1994.

Depois disso, ele acabou virando um forte crítico do atual presidente do país, Paul Kagame, que é da etnia tutsi.

A história de Rusesabagina foi retratada em "Hotel Runda", filme que ganhou três Oscars em 2005 (melhor ator, melhor atriz coadjuvante e melhor roteiro original").

Ele foi preso em 2020 em Dubai e, em 2021, foi condenado a 25 anos de prisão acusado de integrar um grupo terrorista que comandou ataques no país.

Desde então, os Estados Unidos têm feito um intenso lobby com o governo ruandês pela libertação de Rusesabagina - ele tem residência permanente em território norte-americano.

O ex-gerente, segundo fontes do governo ouvidas pela agência de notícias Reuters, voará inicialmente para Doha e, de lá, irá para os Estados Unidos.

De acordo com as mesmas fontes, ele será solto no sábado (25).

Rusesabagina já havia dito que, "se eu receber o perdão e for libertado, entendo perfeitamente que passarei o restante de meus dias nos Estados Unidos em uma reflexão silenciosa".

A libertação do ex-hoteleiro pode ajudar a aliviar as tensões entre o país africano e os Estados Unidos, que vêm pedindo a Ruanda que retire suas tropas do vizinho Congo.

Junto dele, o governo ruandês vai libertar também Callixte Nsabimana, conhecido pelo pseudônimo Sankara, um porta-voz da Frente para a Libertação Nacional de Ruanda, de oposição, que foi condenado por terrorismo, assassinato e tomada de reféns em 2019. G1

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