O artista abordou os principais obstáculo que enfrentam aqueles que enveredam por este estilo musical começando pelo patrocínio e preconceito.
"Eu vivo na luta constante da procura de patrocínio, a busca do apoio que é sempre muito difícil devido ao preconceito com que lutamos desde o inicio", lamentou e continuou a afirmar que acredita ser possível fazer com que se respeite mais o kuduro.
"Quando surgi com o sucesso "Do milindro" vi políticos, músicos e apresentadores a dançarem a minha música e apercebi-me de que era possível fazer com que as pessoas mudassem a mentalidade que têm e que era possível fazê-las respeitar o Kuduro", explicou o artista.
Contudo, o artista salienta a dificuldade que ainda vive para conseguir apoios.
"Com o passar dos anos, vi que as coisas não mudaram como esperávamos, mas isso deve-se a muita coisa negativa que se faz dentro do nosso estilo. Podemos trazer a nossa loucura, porque ela faz parte da arte, mas é preciso também trazer conteúdo e alguma lógica para que as pessoas nos respeitem e consigam encontrar dentro do kuduro alguma coisa que faça sentido. Eu noto que algumas pessoas continuam com indiferença e preconceito e isso faz banalizar o kuduro, envio o meu recado a todos municípios que fazem kuduro: Vamos fazer com que de algum modo as pessoas escutem e respeitem a nossa música porque se não cada vez mais será mais difícil as pessoas acreditarem em nós. É preciso ter consciência disso".
Para terminar, o músico, que já anda há algum tempo ausente dos palcos, revelou ao público que se encontra a gravar o seu novo álbum e que já conta com duas músicas promocionais.
"Muita gente na rua me pergunta constantemente sobre novos trabalhos. A verdade é que eu lanço de três em três anos e este é o ano em que vou lançar o meu novo o disco. O cd já está 80% concluído. Eu estive de fora a observar muita coisa e acredito que este álbum vai ser o que as pessoas esperam".
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