Os responsáveis pelo Banco BIC dizem que há alarmismo infundado quando se fala da actual situação em Angola.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elaborou um plano, a pedido do ministro das Finanças angolano, para cortar na despesa do Estado relacionada com os subsídios aos derivados do petróleo, como os combustíveis.
O colapso do Banco Espírito Santo (BES) no verão de 2014 provocou uma forte desvalorização dos seus ativos, inclusivamente, no estrangeiro, tendo o presidente do 'bad bank' revelado que a participação no BES Angola (BESA) vale agora zero euros.
Angola está a negociar com o Banco Mundial um empréstimo de 500 milhões de dólares para equilibrar o orçamento, a somar a mais 500 milhões já contratados com o Goldman Sachs e Gemcorp Capital, noticiou hoje o Financial Times.
A falta de dólares nas bancas angolanas fez disparar a cotação da moeda norte-americana nos mercados informais 'kinguilas' de Luanda, que já têm dificuldades em satisfazer a procura.
O envio de dinheiro para fora de Angola, através das empresas especializadas no setor, tornou-se numa missão praticamente impossível nos últimos dias devido à escassez de divisas no país, conforme a Lusa constatou hoje em diversos balcões em Luanda.
O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, prevê a necessidade de subir os preços dos combustíveis no país em dez por cento, para reduzir os custos em subsídios públicos, depois de dois aumentos em 2014.