O Banco Nacional de Angola e o Governo estão a estudar medidas para "mitigar" os efeitos da redução da cotação internacional do petróleo, face aos constrangimentos no acesso a divisas que se registam no país.
O novo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Pedro de Morais Júnior, disse hoje que os "fundamentos macroeconómicos" do país "mantêm-se sólidos e sob controlo", apesar das dificuldades provocadas pela queda da cotação internacional do petróleo.
O Banco Nacional de Angola (BNA) refutou hoje, quinta-feira, as informações veiculadas por alguns órgãos e redes sociais, segundo as quais terá orientado os bancos comerciais a aplicarem restrições na realização de operações cambiais e utilização de cartões de pagamento, como resultado da redução do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
O economista Filomeno Vieira Lopes diz que o fundo devia ser capaz de ajudar a atenuar a atual crise, motivada pela baixa do preço do petróleo a nível mundial. Mas o fundo não está talhado para isso – um "erro grave".
Descida dos preços do petróleo pode ser "favorável para Angola a médio prazo" porque vai forçar uma aceleração da estratégia de diversificação da economia.
O diretor do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola, Alves da Rocha, estimou hoje que a revisão do orçamento do Estado angolano reduza para metade a previsão de receitas fiscais petrolíferas.
Poucas semanas depois de ter assegurado um financiamento de 2 mil milhões de dólares da China, Angola recebe apoio de duas importantes firmas dos mercados financeiros de Wall Street e da City de Londres, incluindo a gigante Goldman Sachs. Isto enquanto as necessidades do Estado se vão agudizando, com o arrastar da quebra dos preços de petróleo.