Quarta, 16 de Julho de 2025
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O economista Carlos Rosado de Carvalho defendeu hoje a manutenção ou subida da taxa básica de referência do Banco Nacional de Angola (BNA), atualmente em 17%, para fazer face à “aceleração da inflação” que atingiu 13,54% em agosto.

A inflação em Angola manteve em agosto a trajetória ascendente iniciada em maio, acelerando para 13,54% em termos homólogos e 2,04% em termos mensais, sobretudo devido à subida dos preços nas rubricas da educação, alimentos e transportes.

A desvalorização do kwanza fez o rácio da dívida pública sobre o Produto Interno Bruto (PIB) subir, desde o início do ano, 30 pontos, para mais de 90%, segundo o gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola (BFA).

O Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou hoje novas regras para concessão de crédito a instituições financeiras mediante “garantias adequadas e suficientes” e com adoção de medidas corretivas quando necessário, estipulando um prazo de reembolso de 180 dias.

BNA impediu petrolíferas de negociar divisas directamente com bancos, mas estas alegam que isso lhes provoca problemas de compliance. Mercado cambial está praticamente parado e, por isso, o Kwanza está estabilizado nos 825 Kz há mais de um mês. BNA está a comprar divisas e a repassá-las aos bancos sem mexer no câmbio, reavivando uma espécie de regime de câmbios fixos.

A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em novembro terminou hoje no mercado de futuros de Londres em alta de 0,60%, para os 90,58 dólares.

A luta pela redução do preço da cesta básica em Angola, como prometeu a oposição política na eleição de assuntos para o segundo ano da quinta legislatura, vai esbarrar nas debilidades de um país sem condições para baixar custos de produção de alimentos, disseram especialistas ouvidos pela Voz da América precisamente na semana em que se regista mais um novo aumento de preços.

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