Sexta, 29 de Março de 2024
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Angola enfrenta uma crise financeira, económica e cambial devido à forte quebra das receitas com a exportação de petróleo

Uma equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciará quarta-feira uma missão a Luanda para avaliar o montante da assistência financeira a Angola, anunciou um porta-voz do Fundo.

A dívida pública colocada semanalmente pelo Banco Nacional de Angola (BNA) caiu 47 por cento, para 47,3 mil milhões de kwanzas (256 milhões de euros), com juros dos Bilhetes do Tesouro a um ano acima dos 18%.

A injeção de divisas pelo Banco Nacional de Angola (BNA) quase quadruplicou na última semana, para 296,8 milhões de dólares (265,7 milhões de euros), com as vendas a continuarem apenas em moeda europeia.

Num exercício de autocrítica, realizado durante um encontro informal com os jornalistas, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA) assinalou algumas das fragilidades que colocam o país "à margem do sistema financeiro mundial". A começar pelo facto de o banco central ser incapaz de exercer a função de regulador.

Excesso de oferta global tem afetado o mercado há quase dois anos. Interrupções na produção fizeram preço do petróleo se recuperar.

A agência inglesa de notícias BBC publicou em seu site uma análise sobre o mercado de petróleo mundial, tendo em vista a importante notícia de que o preço do petróleo chegou a mais de US $ 50 o barril pela primeira vez em 2016, após queda da produção e o aumento da demanda global alimentando a recuperação.

A elaboração de um programa com assistência financeira do FMI pode implicar, da parte angolana, a aceitação de um conjunto de medidas de política económica, avançado pela organização, em Novembro de 2015. Cortes na massa salarial pública e o fim gradual dos subsídios aos combustíveis devem fazer parte das negociações.

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