A transportadora aérea estatal angolana TAAG admitiu hoje que enfrenta "sérias dificuldades" para cumprir as "obrigações contratuais" com fornecedores e credores, devido à conjuntura em Angola, nomeadamente a falta de divisas.
As projecções para 2020 inseridas no Relatório Económico de Angola referente ao ano de 2015, publicado pelo Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC), da Universidade Católica de Angola (UCAN), não apontam para a melhoria das condições de vida.
A compra de viagens aéreas para Luanda com início fora de Angola, em moeda nacional, o kwanza, deixou de ser possível a partir de hoje, com a suspensão dessas vendas por parte da companhia de bandeira angolana TAAG.
A Emirates está a reduzir o número de voos em várias rotas, incluindo Dubai - Luanda, que passa de sete para cinco voos por semana, segundo uma informação aos sistemas globais de reservas a que o PressTUR teve acesso.
Os números dizem respeito ao primeiro trimestre de 2016 e foram penalizados pela menor arrecadação de receita fiscal - que representou apenas 10% do total do ano - devido à queda do preço do petróleo.
O valor da moeda americana negociada nas ruas está três vezes e meia acima da taxa oficial definida pelo Banco Nacional de Angola. A vigilância policial abrandou.
Com o combate declarado à venda de dólares na rua, na sequência de orientações do Banco Nacional de Angola (BNA) para que a Polícia aumente a fiscalização às kinguilas, o mercado negro de divisas ganha espaço nos balcões dos bancos, que continuam a dar a volta às regras do sistema. Por um bom preço.