Tem sido a Sonangol a assumir os gastos do Estado com a subsidiação aos combustíveis, acabando por ser recorrentemente penalizada em termos de tesouraria, já que o Estado depois não lhe paga os "kilápis". O que Angola gastou em subsídios aos combustíveis é quase o mesmo que o Governo gastou em Educação e Saúde juntas nestes quatro anos.
Cerca de 877 milhões de dólares (780 mil milhões de kwanzas), duas vezes acima da folha salarial dos funcionários públicos, foi o valor que o Governo angolano gastou para o pagamento do serviço da dívida, em Julho último, segundo o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos.
Angola adquiriu 1,1 milhões de toneladas métricas de combustíveis no segundo trimestre de 2024 avaliadas em 689 milhões de dólares (644 milhões de euros), menos 8% em relação ao trimestre anterior, segundo dados oficiais.
O Ministério das Finanças de Angola anunciou hoje que vai realizar uma nova emissão de Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira, com maturidades a sete e a 10 anos.
Angola produziu 34,8 milhões de barris de petróleo em junho e arrecadou, neste período, 714,38 mil milhões de kwanzas (751 milhões de euros), uma redução de 20% comparativamente ao mês anterior, segundo dados oficiais.
Angola exportou 96,8 milhões de barris de petróleo bruto no segundo trimestre, mais 0,56% comparativamente ao trimestre anterior, e arrecadou 8,1 mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros), segundo o Governo.
Angola continua a enfrentar riscos que podem comprometer as metas da inflação, como depreciação cambial e reajustes nos subsídios aos combustíveis, que podem levar a uma política monetária mais cautelosa, segundo analistas do Banco Millennium Atlântico.