Segunda, 22 de Dezembro de 2025
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O Ministério angolano das Finanças (MINFIN) desvalorizou hoje a revisão em baixa do ‘rating’ da dívida soberana pelas principais agências de notação financeira e afirmou que há progressos na renegociação da dívida com os seus credores.

O economista angolano António Estote considerou hoje que já era expectável a revisão em baixa do ‘rating’ da dívida soberana de Angola, devendo afetar negativamente o investimento e a renegociação da dívida com os seus credores.

O economista angolano Carlos Rosado de Carvalho considera que Angola não tem margem para pagar a dívida à China e que sem um acordo com o gigante asiático terá de haver "cortes muito violentos" na despesa.

A agência de notação financeira Fitch Ratings desceu hoje o 'rating' de Angola para CCC, indicando que há uma possibilidade real de Incumprimento Financeiro ('default'), devido ao significativo aumento da dívida pública e deterioração das finanças públicas.

Considera que os atrasos com a obtenção de divisas afetam a imagem do país e descredibiliza a classe empresarial para fora. Reconhece que o volume de negócios diminuiu 40% no primeiro mês de pandemia, ressalta, porém, que a procura por produtos tecnológicos aumentaram 25%.

Luanda tem agora de obter de todos os outros credores oficiais bilaterais, nomeadamente da China, um tratamento do serviço da dívida que esteja em linha com o acordado com o Clube de Paris.

O analista da Standard & Poor's, que manteve o 'rating' de Angola em CCC+, disse hoje à Lusa que a previsão de crescimento de 3% da economia para 2021 assenta em preços mais elevados do petróleo e mais investimento.

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