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Terça, 31 Mai 2016 22:46

Angola quer até 1,5 bilhões de USD de empréstimo do FMI, dizem analistas

Angola enfrenta uma crise financeira, económica e cambial devido à forte quebra das receitas com a exportação de petróleo

Uma equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciará quarta-feira uma missão a Luanda para avaliar o montante da assistência financeira a Angola, anunciou um porta-voz do Fundo.

Em comunicado enviado à Lusa, o FMI confirmou que uma equipa de peritos está a preparar-se para a missão, que termina no próximo dia 14 de junho.

A ideia do FMI, é "prosseguir com as discussões com as autoridades angolanas acerca do programa económico que será levado a cabo durante os próximos três anos".

Segundo avança a Bloomberg, que cita um relatório da BMI, unidade do grupo que detém a agência de notação financeira Fitch, Angola vai solicitar ao FMI um financiamento até 1,5 bilhões de dólares.

O valor do empréstimo só deverá contudo ser anunciado no final da missão do FMI ao país, que começa amanhã e prolonga-se até 14 de Junho.

O FMI ainda não definiu o montante para ajuda financeira a Angola que se inscreverá no âmbito do Programa de Financiamento Ampliado [Extended Fund Facility - EFF, na sigla em inglês].

O EFF é um instrumento financeiro de empréstimo com contrapartidas e metas monitorizadas regularmente direcionado a reformas estruturais voltadas para a diversificação da economia e reforço da balança de pagamentos.

"O grande propósito da missão é continuar as discussões sobre os principais componentes de um pacote de reformas que ajudaria a acelerar a diversificação da economia, salvaguardando a estabilidade macroeconómica e financeira", salienta o porta-voz no comunicado.

O pedido de ajuda financeira foi feito durante os encontros de primavera do FMI e Banco Mundial, em abril, em Washington.

As negociações na capital angolana envolverão reuniões com vários membros do Governo.

Desde meados de 2014, Angola enfrenta uma crise financeira, económica e cambial com a forte quebra (50%) das receitas com a exportação de petróleo, devido à redução da cotação internacional do barril de crude, tendo em curso várias medidas de contenção.

 

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