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Terça, 22 Março 2016 14:46

Noruegueses da Statoil deixam bloco de produção de petróleo em Angola

A petrolífera norueguesa Statoil cedeu a quota de 20 por cento que detinha na sociedade responsável pela operação de produção de petróleo no bloco 4/05 do 'offshore' angolano, desconhecendo-se os montantes envolvidos no negócio.

A alteração resulta de um decreto executivo assinado em fevereiro pelo ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, documento ao qual a Lusa teve hoje acesso, autorizando a cessão do interesse participativo da Statoil no contrato de partilha de produção daquele bloco, a norte de Luanda.

O documento não adianta motivos ou verbas envolvidas no negócio, apenas que a participação até agora detida pela petrolífera norueguesa é distribuída pelos restantes membros do grupo empreiteiro, na proporção da participação associativa de cada um.

De acordo com dados consultados pela Lusa em relatórios do Ministério das Finanças, aquele bloco garantiu em janeiro deste ano uma exportação total de 904.855 barris de crude, a um preço médio de 32,64 dólares cada, o que se traduz num encaixe total de 29,5 milhões de dólares (26,2 milhões de euros).

Com esta alteração, a estatal Sonangol Pesquisa e Produção passa agora a deter 50% da sociedade do grupo empreiteiro do bloco 4/05, seguida da Somoil e da Acrep, ambas com uma participação de 18,75%, e da Prodoil, com 12,5%.

A petrolífera norueguesa tem vindo a reduzir a atividade em Angola e em setembro de 2014 anunciou a conclusão da exploração do primeiro poço de pesquisa no bloco 39, no pré-sal angolano, sem ter encontrado hidrocarbonetos.

A Statoil é um dos principais operadores na camada do pré-sal angolano, onde participa na exploração de oito poços, distribuídos por cinco blocos e em 2013, produziu em Angola, cerca de 200 mil barris de petróleo diários.

A empresa norueguesa anunciou em julho de 2014 um acordo para a venda de uma parte das participações que detém em dois blocos de produção de petróleo (38 e 39) à colombiana Ecopetrol, que por sua vez também já anunciou a intenção de sair da operação em Angola.

© Lusa

 

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