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Domingo, 21 Fevereiro 2016 14:39

Winterfell garante transparência na compra da Efacec pela Isabel dos Santos

A Winterfell, cujo capital é detido pela Niara Holding, controlada pela empresária Isabel dos Santos, e pela Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), assegurou sexta-feira que a compra de 65 por cento da Efacec resultou de um processo transparente.

“A aquisição de uma participação de controlo na Efacec por parte da Winterfell correspondeu a um processo negocial transparente e de mercado que envolveu os accionistas vendedores (Grupo José de Mello e a Têxtil Manuel Gonçalves) e um conjunto significativo de instituições de crédito, tendo sido realizado em estrito cumprimento das regras aplicáveis em Portugal e em Angola”, lê-se no comunicado da empresa.

Esta é a reação da empresa angolana às notícias divulgadas na semana passada sobre o negócio, nas quais é revelado que a Comissão Europeia (CE) questionou as autoridades portuguesas sobre esta operação específica no âmbito da legislação europeia de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

“Para além do que resulta das notícias veiculadas na comunicação social, a Winterfell desconhece por completo a existência de qualquer processo de análise, investigação ou inquérito a propósito desta transacção, seja em Portugal, seja ao nível da Comissão Europeia”, destacou a Winterfell.

A sociedade angolana resulta de uma parceria entre a Niara Holding, que conta com a filha do presidente José Eduardo dos Santos como investidora, e a ENDE.

“O facto de a ENDE ser uma entidade pública obrigou, de acordo com as regras de Direito Administrativo Angolano, ao cumprimento escrupuloso de um conjunto de procedimentos e formalidades”, indicou a Winterfell.

“De igual modo, a senhora engenheira Isabel dos Santos é investidora na Niara Holding o que, de acordo com as várias regras e recomendações aplicáveis, incluindo pelas Directivas Europeias, levou ao cumprimento de um conjunto de regras e procedimentos (…) em todas as interacções com instituições de crédito, auditores, escritórios de advogados e outras entidades às quais seja aplicável a Directiva 2015/849 (ou, antes, o Regulamento EU 648/2012)”, informou.

O comunicado sublinhou que “a Niara Holding pagou na totalidade as acções que detém na Winterfeld, assim como realizou 100 por cento do capital próprio referente à aquisição da sua participação na Winterfell e, por conseguinte, na Efacec. Por outro lado, a ENDE pagou o valor referente às acções que detém na Winterfell conforme o seu capital próprio estabelecido”.

E salientou: “Não houve nenhum financiamento por fundos públicos, não houve quaisquer subsídios da ENDE à Niara Holding, e não houve, deste modo, apoio financeiro do Estado à Niara Holding ou aporte algum de fundos públicos a favor da Niara Holding. Para que não haja qualquer dúvida, a senhora engenheira Isabel dos Santos não foi financiada directa ou indirectamente pelo estado angolano, ou recebeu de alguma forma fundos públicos angolanos”.

Segundo a Winterfell, “Isabel dos Santos é uma empresária de sucesso, com reconhecido mérito, negócios relevantes em Angola e Portugal, tendo criado mais de 10.000 postos de trabalho, e com demonstrada capacidade financeira que advém dos proveitos dos seus investimentos no sector privado e em empresas que agem em mercado concorrencial”.

A empresa que agora controla a maioria do capital do grupo português considerou ainda que “a entrada de capital angolano na Efacec foi essencial para reforçar financeiramente a empresa portuguesa, aumentar a sua capacidade de investimento e relançar a estratégia de internacionalização”, vincando que “a Efacec Power Solutions tem competências de grande relevância para a engenharia portuguesa e emprega cerca de 2.500 trabalhadores”.

A Winterfell vincou que “notícias como aquelas que vieram a público nas últimas semanas, dando conta de insinuações sem qualquer fundamento e que, aliás, não tentam sequer alegar quaisquer factos ou acções menos próprias, não têm outro intuito que não seja manchar o nome das pessoas e entidades envolvidas, são promovidas por activistas no âmbito de uma campanha política”.

E concluiu: “É de lamentar que estes actos irresponsáveis destes activistas políticos poderão provocar prejuízos às famílias trabalhadoras em particular e às economias de Angola e de Portugal”.

Lusa

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