Ao intervir na 2ª Edição do Angola Economic Outlook, sublinhou que a regulamentação bancária do risco climático vai juntar-se às já existentes, sobre risco de crédito, de liquidez, taxa de câmbio e taxa de juro.
“Ou seja, os bancos antes de concederem crédito para as pescas, desenvolvimento de um projecto agrícola, para diversificação, vão ter que ter em conta factores relacionados com a sustentabilidade e, provavelmente, o impacto que isso tem ao nível da sua base de capital”, disse.
Acrescentou que o BNA vai continuar a investir na literacia financeira, expandir os serviços de mobile money (Kwik) e apostar no quadro regulamentar das microfinanças.
Por outro lado, o vice-governador realçou que, apesar dos choques externos, e todo cenário internacional, os bancos no país têm 23,41% de rácio de capitalização, “superior ao mínimo de 8% que é exigido”.
De acordo com o mesmo, os bancos estão devidamente capitalizados, “para que, mesmo em cenário de recessão económica e outro tipo de risco, não haja qualquer situação de instabilidade no sistema financeiro”.
Destacou que a qualidade dos activos, percentagem do crédito vencido sobre o crédito total, tem estado a reduzir, nos últimos anos, “traduzindo a estabilidade financeira que se vive no sector bancário”.
Disse que em 2024 “teremos uma política monetária que não será diferente da que vimos em 2023, com a taxa média de inflação projectada para esse exercício de 16%, superior a que temos de 15%”.
Com isso, apontou que se deverá experimentar uma tendência em alta da inflação homóloga, mas, ao longo de 2024, espera-se que ela venha a reduzir, atingindo, no final do ano, uma taxa de 15%.
Quanto a política monetária, cambial e financeira em 2024, entende que “não deverá ser diferente daquilo que foi em 2023”.
No que as reservas estratégicas dizem respeito, o vice-governador entende conseguem manter um nível desejado de mais de 6 meses de importação de bens e serviços essenciais, sendo que, “um dos objectivos em 2024 deverá ser de defender a posição das nossas reservas, mantendo-as num patamar sustentável”.