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Domingo, 25 Abril 2021 18:58

Volume de negócios China–Angola atinge USD três mil milhões em dois meses

O volume de negócio bilateral entre a China e Angola atingiu três mil milhões de dólares norte-americanos, nos dois primeiros meses deste ano, como contínuo reflexo das excelentes relações bilaterais em vários domínios, informou o embaixador extraordinário e plenipotenciário desse país asiático acreditado em Angola, Gong Tao.

Ao discursar, quinta-feira, em Luanda, o diplomata sublinhou que no mesmo período, o investimento directo chinês neste Estado da África Austral fixou-se em USD 60 milhões, sendo que os novos investimentos representam o reforço do intercâmbio e da cooperação económica China-Angola.

Sem apresentar dados comparativos do volume de negócios e de investimentos chinês feitos em Angola no espaço de tempo homólogo do ano passado, considerou ainda as novas relações económicas como o início de uma nova era nas relações bilaterais entre os dois países, após a primeira vaga da pandemia da Covid-19 em Angola e na China.

“Após o baptismo da cooperação anti-epidémica, a parceria estratégica China-Angola tornou-se mais sólida e estável, entrando num novo patamar de desenvolvimento. A China está disposta a trabalhar com Angola para compartilhar oportunidades, buscar desenvolvimento comum e conectar, efetivamente, os planos de desenvolvimento económico”, sublinhou.

Na sua intervenção, na tomada de posse dos novos órgãos sociais da Câmara de Comércio Angola-China (CAC), Gong Tao disse que a concretização desse desafio passa, seriamente, pelo consenso entre os Chefes de Estado dos dois países, que manifestaram essa vontade em 2020, e a criação de um bom ambiente de parceria económica.

“Angola e China devem trabalhar em conjunto, para fazer avançar a retoma de produção sob a premissa de prevenção e controlo da Covid-19, assim como promover activamente maior desenvolvimento da cooperação económica e comercial China-Angola na era pós pandemia”, reforçou.

De acordo com o embaixador extraordinário e plenipotenciário, as empresas constituem actores de cooperação económica e comercial entre os dois povos China-Angola, sendo que a Câmara de Comércio Angola-China reúne as importantes empresas dos dois países, que estão empenhados na promoção da cooperação económica e comercial.

No entanto, augurou que a nova Direcção da Câmara, sob a liderança de Luís Cupenala, floresça e contribua para as relações bilaterais nesses domínios, assegurando que “a Embaixada da China em Angola irá, como sempre, manter a estreita cooperação com a CAC e juntos escreverem um novo capítulo na relação bilateral.

Na ocasião, o embaixador fez saber que a economia chinesa trará oportunidades para o desenvolvimento de países africanos, incluindo Angola, tendo em conta que alcançou resultados estratégicos importantes na prevenção e controlo da Covid-19 e que foi a única economia principal que registou crescimentos.

No primeiro trimestre deste ano, o PIB da China cresceu 18,3% em relação ao ano anterior e 10,3% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

Com esses resultados, garantiu, a China persistirá no desenvolvimento orientado pela inovação e implementará uma abertura de alto nível para o mundo exterior, abrindo novas perspectivas para a cooperação “ganha-ganha”.

Entretanto, anunciou que, em Novembro deste ano, terá lugar em Changsha, nesse país asiático, a segunda edição da Expo Económica Comercial China-África e a quarta edição da Expo International de Importação da China em Shangai.

Por isso convida as empresas angolanas a terem uma participação activa, aproveitando estas plataformas e procurar mais oportunidades de comércio e investimento e aumentar exportações para a China, uma vez que nas exposições anteriores, Angola apresentou produtos de alta qualidade, como sumo de frutas e cerveja produzidos localmente.

Referiu que os mesmos foram amplamente elogiados pelos consumidores e compradores chineses, pelo que acredita que as empresas angolanas conseguirão alargar ainda mais a sua marca, de forma a que mais consumidores chineses tenham oportunidade de ter acesso aos produtos angolanos de alta qualidade.

O diplomata asiático sugere ainda o fortalecimento da cooperação, no âmbito do Fórum de Cooperação China-África.

“Este evento é um mecanismo importante para a cooperação prática e o diálogo colectivo entre a China e África. A esse respeito, aproveito a ocasião para anunciar que o novo Fórum China-Africa está previsto para o segundo semestre deste ano, no Senegal”, destacou o embaixador extraordinário e plenipotenciário Gong Tao.

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