Segundo fontes próximas do negócio, citadas pela agência Bloomberg, o executivo de Eduardo dos Santos vai permitir a Leviev vender os diamantes da mina de Luminas nos mercados internacionais, em vez de os vender, com desconto, aos intermediários oficiais chineses e do Dubai.
As mesmas fontes notam que, enquanto Luanda vende os diamantes a 100 dólares por carat, Leviev poderá agora vender os seus a outros compradores por 150 dólares o carat.
Este acordo é visto como uma tentativa de Luanda de reduzir as restrições ao comércio de diamantes, depois dos grandes produtores mundiais, como a De Beers, terem reduzido as operações no país durante a crise financeira.
Durante a guerra civil angolano, Lev Leviev era comprador dos diamantes contrabandeado de angola para compra de armas contra Unita e em 1997 comprou a mina de diamantes de Catoca, logo estabeleceu laços cordiais com o presidente angolano, José Eduardo Dos Santos, que fala russo fluentemente e crio a empresa Ascorp, propriedade conjunta com Governo de Angola e um parceiro belga.
Leviev mirou o comércio de diamantes da Guerra civil angolano, os críticos dizem que Ascorp aproveitou crescente pressão internacional para estabelecer e lucrar com o monopólio de diamante de angola.
Até então, o governo de Angola tinha efetivamente cancelado a venda de diamantes de angola pela empresa sul africano de Beers, e Ascorp tinha gerado grandes somas para o governo dos Santos (e, há rumores, que enriqueceu a família dos Santos ) ele tem uma série de lojas de alta gama na Rússia ,em Bond Street, em Londres e uma loja na Madison Avenue, em Manhattan estados unidos de America.
Angola deverá produzir 10 milhões de quilates de diamantes em 2014
A produção de diamantes em Angola deverá crescer 25% e ultrapassar este ano 10 milhões de quilates com a entrada em funcionamento de duas novas explorações, afirmou em Londres o ministro da Geologia e Minas angolano.
“Este ano temos uma meta ambiciosa de 9,5 milhões de meio de quilates [na produção] industrial e 550 mil quilates [na produção] artesanal, o que quer dizer que temos de produzir 10 milhões de quilates”, disse à agência noticiosa Lusa Francisco Queiroz, à margem da conferência “Mineração no Topo: África”, que teve lugar de 24 a 26 de Junho corrente na capital britânica.
Segundo o ministro, no ano passado a produção de diamantes angolana foi ligeiramente superior a oito milhões de quilates.
Francisco Queiroz disse estar confiante em atingir o objectivo para 2014, minimizando a informação do boletim do Ministério da Geologia e Minas de uma quebra de 24% na produção em Maio, de 785 mil quilates em Abril para 600 mil quilates em Maio.
“Em Abril houve necessidade de fazer manutenção na principal mina produtora de diamantes, que é a Catoca. Essa paralisação nos dois moinhos que fazem a escolha dos diamantes provocou naturalmente uma redução na produção que já foi retomada”, justificou.
A mina da Catoca, referiu, representa cerca de 85 a 87% da produção de diamantes em Angola.
Francisco Queiroz adiantou que os dados mais recentes apontam que a produção industrial já atingiu cerca de um terço da meta anual e que a produção industrial está perto dos 60%, sugerindo que a meta anual poderá ser ultrapassada.
Diário Económico / AO24 / macauhub