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Quarta, 15 Abril 2020 15:28

Covid-19: Angola com 120 pedidos de importação por hora devido ao estado de emergência

Pelo menos 120 pedidos de licenciamento de importações por hora foram submetidos ao Sistema Integrado de Comércio Externo (SICOEX) angolano, durante o estado de emergência devido à covid-19, situação que originou “atrasos no processo”, foi hoje anunciado.

Segundo a diretora nacional do Comércio Externo de Angola, Augusta Fortes, por força da desburocratização e simplificação do processo de licenciamento de importações determinado pelo decreto de estado de emergência, o SICOEX registava dois pedidos por minuto.

“Como compreendem 120 pedidos submetidos por hora, se multiplicarmos pelas horas, estamos a falar de 2.880 pedidos por dia e por semana estamos a falar de 20.000 pedidos”, afirmou hoje, em Luanda, durante uma conferência de imprensa.

Augusta Fortes assinalou igualmente que a pressão sobre o Sistema Integrado de Comércio Externo, afeto ao Ministério da Indústria e Comércio angolano, foi o “único motivo dos atrasos de licenciamento que se têm reclamado nos últimos dias”.

Porque, justificou, “o nosso sistema SICOEX não estava parametrizado para tanta solicitação”.

A não-obrigatoriedade de uma licença prévia também concorreu para a situação.

“Com a desburocratização e a simplificação com base no decreto sobre o estado de emergência, simplificamos os processos, porque antes tínhamos a obrigatoriedade de avaliar processo a processo”, argumentou.

Angola cumpre hoje o quinto dia da segunda fase do estado de emergência, que se estende até 25 de abril, com vista a conter a propagação da covid-19, que no país conta com 19 casos positivos, sendo 12 ativos, dois óbitos e cinco recuperados.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 599 pessoas das 18.091 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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