"Dada a dependência numa única matéria prima para exportação, e daí a alta dependência a choques, é necessária uma reestruturação fundamental para colocar o crescimento numa trajetória mais sustentável", disse Almanas Stanapedis.
Questionado sobre a opinião dos investidores relativamente a Angola, o analista respondeu que "os rápidos esforços para as reformas foram bem recebidos" e destacou a lei de investimento privado, a lei da concorrência e o anúncio do programa de privatizações.
No entanto, Stanapedis destacou que o indicador de sentimento económico continua em território negativo há quatro anos, embora tenha melhorado no segundo trimestre deste ano.
"Para além disso, apesar das reformas económicas estruturais em curso e do apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) parecerem estar a melhorar a perceção do país junto dos investidores estrangeiros, a forte dependência do petróleo significa que uma queda na produção interna e a volatilidade dos preços continuam a prejudicar as contas públicas e a balança comercial".