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Segunda, 25 Fevereiro 2019 12:47

Sonangol quer alteração da administração da Unitel

“A Unitel tem quatro acionistas e não pode continuar a ter um accionista, que detém 25% como todos os outros a tomar decisões unilateralmente”, vincou o presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino, durante a conferência de imprensa da petrolífera pública.

Unitel é detida pelas empresas Portugal Telecom (PT), Mercury (Sonangol), Vidatel (Isabel dos Santos) e Geny (Leopoldino Fragoso do Nascimento), todas com igual participação acionista de 25%.

O conselho de administração da Sonangol, acionista da Unitel, quer a alteração da estrutura que lidera a prestadora de serviços de telecomunicações móveis angolana. A Unitel tem quatro acionistas e não pode continuar a ter um accionista, que detém 25% como todos os outros a tomar decisões unilateralmente”, vincou o presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino, durante a conferência de imprensa da petrolífera pública.

Segundo a administração da Sonangol, não há problemas entre os accionistas mas as reuniões têm tido “acesas e difíceis discussões”. Carlos Saturnino revelou também que a Sonangol recebeu financiamento de mais de mil milhões dólares em dezembro de 2018. O valor de financiamento servirá 63% para operações no Upstream, 28% para pagar produtos refinados e 10% para comprar produtos são necessários para a firma. Grande parte do financiamento já está nos cofres da Sonangol faltando uma pequena tranche.

A Unitel realiza no próximo dia 19 de março uma reunião extraordinária convocada pelo presidente da Mesa da Assembleia da empresa.

Agência Nacional de Petróleo arrancou em Angola

Recorde-se que, no início deste mês, foi oficialmente criada a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis em Angola, a entidade que vai assumir o sector, substituindo a Sonangol e responsabilizando-se pela implementação e execução das políticas nacionais. Licitações, concursos públicos, contratos com petrolíferas, fiscalização e auditoria técnica e financeira, assim como a transferência de participações nos contratos petrolíferas ficam sob a supervisão da ANPG, segundo Decreto Presidencial n.º 49/19, de 6 de fevereiro.

O mesmo que define que 655 trabalhadores da Sonangol EP serão transferidos para a recém-criada Agência que tem quatro órgãos de gestão (presidente, conselho de administração, conselho fiscal e conselho técnico), sendo o board composto por cinco administradores executivos, um deles o respectivo presidente.

A tutela da nova entidade está a cargo do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos na supervisão geral e do Ministério das Finanças no que respeita à supervisão financeira.

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