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Terça, 27 Mai 2014 22:52

MPLA, o 27 de maio de 1977, e suas consequências.

Fica nítido e entendível o quanto o regime déspota implantado na nossa terra, teme a data de 27 de maio! O regime de JES não teme apenas o dia 27 de Maio por essa data representar o dia da maior purga já acontecida em toda a história do nosso país e de toda África e não só.

É verdade que JES teme ser responsabilizado pelos assassinatos, caso venha a existir uma (Comissão da Verdade e Perdão), pois José Eduardo dos Santos sabe que essa possibilidade é mais que certa.

JES NÃO PASSA DE ACUADO COBARDE EM TODA A SUA HISTÓRIA, PRIMEIRO COMO ASSISTENTE JUNIOR DE AGOSTINHO NETO NO CONGO BRAZAVILE E DEPOIS LIGADO TELECOMUNICAÇÕES, NESSA CONDIÇÃO PERMANECEU SOMENTE SEIS CURTÍSSIMOS MESES NA FRENTE LESTE ONDE ESTEVE SOB O COMANDO DO CAMARADA DIBALA. SABEMOS TODOS DO MEDO E OS DESGASTANTES MOMENTOS DE SUSTO EM QUE VIVE EDUARDO DOS SANTOS E TODA SUA PROLE.

José Eduardo dos santos desde muito cedo antes mesmo do seu longo e desastroso consolado, sempre construiu inimizades varias contra os camaradas da superestrutura do nosso “M”, primeiro com Daniel Chipenda seu superior Hierárquico, na altura em que Daniel Chipenda era o presidente da JMPLA e ele JES o vice-presidente, mais tarde teve variadíssimos desaguisados contra o camarada Dilolwa, este, falecido em situação deveras estranhas. E por aí em diante JES foi agregando conflitos atrás de conflitos até se conflitar diretamente contra o Camarada mais velho Ambrósio Lukoki, homem generoso e de paz.

CHEGOU A HORA DE COLOCAR-SE UM PONTO FINAL AO SOFRIMENTO DAS FAMÍLIAS ENLUTADAS. ATÉ HOJE NÃO NINGUÉM SABE E NUNCA FOI REVELADO O LUGAR ONDE FORAM INDIGENTEMENTE ENTERRADOS EM SURDINA OS SEUS NOSSOS FAMILIARES ASSASSINADOS PELO SISTEMA IMPLANTADO NA NOSSA TERRA.

Já antes afirmei e volto a afirmar que, enquanto não exorcizarmos com coragem politica, essa mancha negra que grassa perdulariamente na nossa história contemporânea e, sobretudo se não abordarmos corajosamente essa situação com coragem e com liberdade soberana para esvaziarmos por completo a dor que gerencia a vida de mais de quarenta e cinco por cento da sociedade ativa que sofrem até hoje vitimas dessa purga levianamente deflagrada sobre os seus familiares, desse modo, continuaremos a estigmatizar a matriz sociológica da nossa angolanidade ancestral como “povo” (nação) hoje divisível! As populações de todo país esperam da parte do regime do figurão JES uma reparação dos males sofridos pelos seus familiares indecentemente assassinados. O país e o mundo sabem que os nossos familiares foram vergonhosamente trucidados pelas armas desembainhadas pelo braço assassino da DISA, sob a liderança Agostinho Neto, Lúcio Lara e José Eduardo dos Santos. Não tenhamos duvidas nenhumas que o chefe dos jacarés assassinos de hoje em tempos que já lá vão era de facto o elo entre o morro da Corimba, onde residia o presidente Agostinho neto e os altos comandos da DISA e do Ministério da Defesa.

EXISTEM MIL RAZÕES PARA QUE O REGIME TEMA ABORDAR O TEMA 27 DE MAIOR DE 1977

Razões mil existem por detrás desse imperioso medo de JES assumir como presidente do seu MPLA, toda a impetuosa responsabilidade daquele que foi e é considerado o maior erro politico do regime em toda a sua história, e que se torna mais que evidente resgatar a verdade, Esse sangrento massacre resultou num exagerado morticínio jamais visto em toda África. Há muito tempo poderíamos ter sanado essa questão, não tivéssemos nós na direção do país o frenético ditador jacaré bangão JES, que tudo tem feito para inviabilizar todo e qualquer esforço que resulte na formação de uma comissão da verdade e perdão para auscultar os responsáveis e as vitimas que se encontram ainda em vida e os familiares dos que se foram. Porém, e apesar de todos sabem que esse o único caminho que temos como a saída propícia para se debater até a exaustão os malefícios dessa hecatombe, que até hoje ainda enluta grandemente os corações das famílias daqueles que partiram para eternidade.

Na senda dos assassinatos comandada por Agostinho Neto, Iko Carreira, Lucia Lara e os antigos capangas Ludy Kissassunda, Onambwé e José Eduardo dos Santos, atual ditador angolano, feriram de sobremaneira a estrutura interna do MPLA, por esse motivo precisamos todos saber o que originou toda essa orgia de assassínios em massa, que levaram a óbito os melhores e mais queridos filhos dessa Angola desencontrada e de todo descontente.

Temos de facto de refletir muito sobre os fatores que levaram o MPLA a assassinar fria e sinistramente calculada que deu nessa massiva carnificina, onde os mortos eram próprios filhos da revolução empreendida pelo glorioso “M”. Tudo isso obedeceu a um programático interesse pessoal de algumas figuras do regime para apenas manter no poder uma malfadada e inescrupulosa elite de bandidos afobados. Agora chegou a hora de esclarecermos a origem e os motivos que resultaram com as mortes por assassínio do comandante Soto Mayor e toda sua linha de comando, esses valentes guerrilheiros foram fuzilados de maneira cobarde e horripilante no campo aberto do Sambizanga em 1977. Nestes assassinatos, foi constituído como juiz de direito o antigo preso acusado de pertencer a uma seita de testemunhas de Jeová, mais tarde na cadeia essa pessoa de nome Manuel Pedro Pacavira, acabou por converter-se ao Marxismo Leninismo.

 Igualmente temos de pôr cobro com sofrimento dos familiares dos angolanos Bakongos e povos do Sul barbaramente assassinados na sexta feira sangrenta em 1992, também precisamos dialogar sobre os assassinatos de milhares de militantes angolanos da UNITA friamente assassinados a mando da casa militar sob os auspícios do então coronel Fernando Garcia Miala e do General José Maria. De igual modo temos de acabar com os frequentes assassinatos impunes como os de M’flupinga Lando Victor, Ricardo de Melo, Cassule e Kamulingue e o do jovem engenheiro Ganga, quadro da CASA-CE.

Todos esses assassinatos que vêm acontecendo injustificadamente um pouco por todo país, acontecem apenas, porque um reduzido grupo de dirigentes dependentes do ditador não aceitar que se pense diferentemente do ditador e de seus correligionários sanguinário. Não se pode protelar mais essa espécie de práticas próprias de vândalas, executadas pelos energúmenos ligados aos órgãos do estado que deveriam proteger os cidadãos, como o caso da policia nacional e dos serviços de segurança adstritos à casa de segurança militarizada do ditador arruaceiro JES. Angola não pode girar consequentemente em torno do narigão do presidente da ditadura, nem todos devemos dançar a música tocada pelo Coreon Dú seu filho assanhado.

O PAÍS PRECISA E TEM QUE MUDAR DE VIDA URGENTEMENTE.

Todas as práticas que têm concorrido para o mal estar social na nossa terra usurpada pela falange comandada pelo gatuno malandro JES e sua família direta, de uma maneira ou de outra têm que ser imediatamente extirpadas do nosso seio. Não se pode conviver mais com os constantes desmandos irresponsáveis, auspiciosamente comandados pelo barão da morte em Angola JES. O país não pode continuar a caminhar na mesma direção errada, o país pode mais suportar a demanda criminosa protagonizada pelo ditador JES e seus aventureiros canastrados seguidores. Temos de dar outro rumo ao país, o país tem de mudar de vida e seguir um via diferente que não seja a atual, e de preferência sem o arrogante ditador nem com a sua família composta de competentes gatunos, e malandros experimentados, que a muito deveriam estar na cadeia a mofar pelos muitos crimes praticados contra o estado de direito e contra a pessoa humana.

Não posso nem consigo deixar em branco essa data, sem enaltecer a titulo póstumo esses heróis da luta de libertação pertencentes ao meu partido, e assassinados pelo mesmo partido que os viu nascer e assassinando-os, silenciosamente os viu partir para eternidade.

QUE VIVAM PARA SEMPRE OS NOSSOS HERÓIS DA LUTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL, OS CONHECIDOS E OS ANÔNIMOS. TODOS JUNTOS VENCEREMOS A DITADURA E O DITADOR INFAME JES.

Viva Nito Alves, viva José Van-Dunen e Sita Vales, Viva o Monstro Imortal, viva Bakalof, Eurico Gonçalves, Viva José Mingas e Saydi Mingas, Viva Sambila, viva Kiferro, Viva Urbano de Castro, Viva Tilú Mendonça, Viva Manuel da Silva Lourenço, viva Galiano da Silva Lourenço, viva Luís da Silva Lourenço, viva os irmãos Santos dentre outros comandantes que tudo deram pela formação desse desastrado país politico comandado por dois assassinos natos, Agostinho neto e José Eduardo dos Santos, que viva para sempre na memoria dos muitos amigos e familiares do meu Irmão José Diniz comandante Zeca da nona brigada.

Raul Diniz

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Last modified on Quinta, 29 Mai 2014 04:44